domingo, 1 de maio de 2011

Cícero, o paciente
Cícero Lucena sai na frente na disputa interna pela permanência no comando do PSDB. O senador já estava muito bem, pois tem mandato direto sem os percalços da justiça, está à frente da poderosa 1ª secretaria (para quem conhece Brasília, isto não é pouco) e tem prestigio no PSDB em nível nacional, conquistado em anos e anos de trabalho partidário. Trabalho burocrático e chato, que poucos querem desenvolver.
Cícero fez e é um nome de peso na esfera partidária.

Mas, precisava mais. Há o senador eleito Cássio e havia um vice-governador, que voou em um click ao embarcar na fraude encabeçada por Kassab, o PSD. Fraude porque a Lei só permite migrar de partido, para os que têm mandato, quando há notória diferença ideológica. Não é o caso, pois o PSD nem ideologia tem e sabemos bem como, e porque, foi criado.


Mas, Cícero teve paciência. Sabia que a vaidade de Rômulo Gouveia não permitiria que ele continuasse como coadjuvante diante de uma chance de ser a estrela. Esperou e o vice-governador se mandou. Rômulo já tentara esse voo antes quando ameaçou ir para o PPS. Naquela ocasião Cássio era governador. Agora, a coisa é diferente. O resultado é que o PSDB não é mais governo e Cícero e companhia estão à vontade na oposição. Ficou livre de um problema.

Há, então, o senador Cássio. E novamente, Cícero parece ter paciência. Cássio terá de tomar uma decisão rapidamente. Cícero pode esperar. Cássio tem a eleição de Campina Grande pela frente. Não pode falhar e perder pela terceira vez. Cícero tem a de João Pessoa e menos problemas. Tem o domínio do partido na capital e no Estado, tem mais de um provável candidato ou candidata, além dele próprio, e tem importantes aliados. Todos, aliás, estão contra o coletivo. PMDB e PT, inclusive.

Em Campina, o candidato de Cássio é Romero. Está filiado ao PSDB, mas há que se avaliar se é vantagem. Romero, o candidato de Cássio, só permanecerá no PSDB se houver uma chance de acordo. Por isso, Cássio diz só conversar com Sérgio Guerra junto. Não havendo acordo, vai migrar para o PSD, partido que, aliás, pode abrigar também o filho do senador, mas apenas por estratégia. O menino não é o candidato, não tem vocação para esta confusão. Dizem que é empresário bem sucedido, apesar de jovem, e navega em outras águas. Só irá para o sacrifício se todos os planos falharem.

O quadro acima e a reação do senador eleito Cássio, reação de muita raiva, mostram que Cícero está com uma ligeira vantagem e de quebra tem usado o regulamento.


A democracia do penico
Eu esperei uma eternidade, mas o assunto ‘forró de plástico” continuou lá. O enfoque é uma chatice, uma aberração, um absurdo. Acho que pensam, como diria aquela “filósofa”, que nosso ouvido é penico.

Gostar ou não dessa ou daquela banda não é a questão. Eu, particularmente, não gosto nem do nome de algumas, mas respeito todas elas. Aliás, respeito o povo que delas gosta. É assim que é em uma democracia. E ademais, é muita arrogância querermos agora determinar o que é bom ou ruim. O povo tem o direito de fazer as suas escolhas. Para preservar determinada cultura devemos dar acesso a todas as informações para que a sociedade faça suas escolhas, livremente. E nem sempre o resultado é bom para os nossos conceitos.

Chico César é a trilha sonora de grandes acontecimentos de minha vida e sei, que da vida de muita gente boa ou até algumas bem ruizinhas (nem só dos bons se vive), mas errou e errou feio ao rotular, apontar, discriminar. E mesmo um poeta grandioso como
Chico César precisa refazer seus conceitos.
A diversidade é mais que um direito. É um conceito de vida. Precisa aprender. Do contrário, continuará sendo usado por quem faz uma democracia de encher penicos.


O São João do mundo
A primeira correção que quero fazer: O São João não é de Campina Grande. É da Paraíba, é de João Pessoa, é do mundo. A festa já foi tema de documentários internacionais. Entrou nas maiores redes de televisão do mundo. É tema recorrente no nosso noticiário nacional. A única dúvida, na verdade, brincadeira, é se temos o maior aqui ou o maior é de Caruaru. Nunca fui à festa de lá. Por isso, não sei dizer. Nem vou à Caruaru para não dar o cabimento da dúvida.

Dito isso, é um absurdo o governo do Estado fazer pirraça e negar apoio ao maior e melhor São João do Mundo. Não é inteligente. A festa rende dividendos para o turismo do estado e do país. O príncipe que casou na Inglaterra gastou 80 milhões com a festança, mas recolheram 2 bilhões na movimentação turística. Quem vai queimar a monarquia. Ela rende e rende muito. Esta deveria ser a visão por aqui. Mas, a politicagem ainda é a tônica. RC não é o primeiro a usar o expediente e sem será o último.

E depois, o governo não está no comando em Campina Grande. E nem estará. De um lado há o seu maior concorrente para a eleição de 2014, Veneziano. E do outro está Cássio, por enquanto um aliado, que se estiver sem opção, como aconteceu em 2010 é melhor para RC. Foi assim que ele ganhou 64% dos votos de Campina, doados por um Cássio sem opção e precisando sobreviver.

1. Não adianta: CG só votou nesse homem porque Cássio pediu. O voto de confiança foi dado, mas Campina é especialista em tirar quando acha que foi traída. Barbas de molho!

2.Em tempo: Esse negócio de achar que o RC está beneficiando Pernambuco é bobagem. Ele não tem prestígio para isto. Nem faz diferença.

3.Faltou espaço para abordar a trajetória de uma moça muito competente que, em apenas dois anos, fez carreira meteórica na Paraíba.

4. Veneziano teve, mas não deveria, a humildade de esperar por duas horas para ser atendido pelo governador do Estado.


Ilustração - Fonte ClavedoSul

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