terça-feira, 31 de maio de 2011

O que querem os professores paraibanos?

Você pode pensar que os professores da rede estadual, em greve há um mês, desejam gordos salários, privilégios incríveis, redução de suas responsabilidades. Mas, saiba que a greve é apenas para o governo da Paraíba cumprir a lei e pagar o piso da categoria. Para 30 horas, R$890 Reais.

Ao invés do diálogo, no entanto, o governo optou por seqüestrar ou assaltar, como dizem os professores, o salário. Cortou gratificações e descontou os dias parados. Aí começou uma ilegalidade, os salários pagos em maio são referentes ao mês anterior, portanto, antes da greve. Não poderia haver os descontos.

Sem o dinheiro da feira houve desespero entre os pais e mães de família, que foram ao Palácio da Redenção. Outra vez, o governo opta por se afastar do diálogo e parte para a violência. As cenas são grotescas. Professoras e professores levando pancadas em pleno palácio do governo. Nada justifica essa selvageria.

O Palácio, antes de ser do governo, é do povo. O controle excessivo, a não circulação das pessoas por ali já é uma aberração, em dias normais. Em dias de greve impedir a entrada de trabalhadores e sindicalistas é um absurdo.

E essa gente que hoje usa gov.com é celebridade? Que leseira! Tolice! Muitos, até ontem, não tinham um pau para dar em um cachorro. Agora, até o telefone dessa turma é segredo de Estado. Que munganga!

Houvesse atitudes desarrazoadas dos grevistas, representantes do governo tinham de chamar o sindicato e pacificarem, juntos, a situação. Ser governo não é impor sua autoridade, mas, antes, é submeter-se às necessidades do povo. E humildemente, argumentar, convencer, e não descer a pancada.

Ainda assim, os professores aceitaram sair do palácio que, repito, lhes pertence. Não pertence à RC ou qualquer outro que por ali passar.

E o que quer o sindicato? Segundo Paulo Tavares, do comando da greve e diretor do SINTEP-PB, a categoria quer:
- O pagamento do piso – 890 reais.
- A devolução dos salários que lhes foram tirados ilegalmente;
- O retorno, até dezembro, do pagamento das gratificações. Note-se que o Sindicato dar prazo até dezembro/2011. Não é para hoje.
- E o pagamento linear dos salários para toda a categoria, sem diferenças para os que estão fora da sala de aula.

De acordo com o sindicalista, Paulo Tavares, com a negociação, categoria volta ao trabalho e repõe os dias parados, sem prejuízos para os alunos.

Lutando por salários de R$890 reais não apenas professores devem se mobilizar. Mas, toda a sociedade deveria apoiar esse movimento.

Mesmo que se cumpra a lei e o piso seja pago, estamos falando de um salário ínfimo, que não serve para os formadores do futuro da sociedade.

As crianças, os jovens, mestres e demais funcionários da rede estadual já pagam um preço alto por integrarem uma rede estadual degradada por condições terríveis, a começar pela merenda (podre e fedorenta) servida, e já denunciada, que se tornou vergonha nacional.

Esse movimento, portanto, é de todos nós. Ficar contra ele, só para os que não têm consciência do seu dever de cidadão e cidadã.
Bater em professor e professora, seja em qual circunstância for, é a barbárie.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Uma armadinha para Toinho do Bolo e do Sopão

Alguém precisa auxiliar o deputado Toinho do Sopão, que, aliás, eu conheci como Toinho do Bolo. O mandato de Toinho é importante para a sociedade. Afinal, foi o mais votado do estado, a partir da vontade popular. Não tinha nenhum esquema, mas tão somente o trabalho de dar comida para o povo, o que não é pouca coisa.

Creio que o deputado tenha uma assessoria, remunerada pela assembléia Legislativa. Assim, é urgente a atuação dessa assessoria para direcionar a atuação do parlamentar.
A primeira lição para o deputado é entender que quem tem vida pública, exerce mandato, não pode falar sem pensar, nem tampouco dizer o que lhe vem à cabeça. É preciso fazer análises do contexto, compreender o que passa em sua volta, negociar, receber, humildemente, informações que podem mudar sua opinião.

Outra lição importante e não trazer a própria vida como única referência. Também sou de um tempo onde se começava a trabalhar muito cedo. Eu mesma comecei aos 14 anos. Mas, se o deputado se considera exemplo de acerto, o mesmo não se pode dizer da maioria que deixou de estudar para trabalhar.

Não perdemos a vida, fomos em frente. Eu, por exemplo, trabalhei e estudei. Entretanto, nenhuma criança deve trabalhar, pois esse é um tempo de estudar, adquirir conhecimento, brincar, vadiar, ser menino e menina, simplesmente.

Não conheço profundamente a vida do deputado. Mas, teria ele estudado o suficiente para uma formação ideal? Ou será que o seu tempo foi gasto com o trabalho, apenas?
No quesito pancada nem há o que discutir. Não leva a nada, deputado! Ao contrário, pode gerar revolta, raiva, ódio. Lá na frente, essas crianças podem escolher o caminho da violência, da opressão. E Paulo Freire já sentenciava: “O pior opressor é aquele que foi oprimido”.

Sugiro, pois, que debata e legisle contra a merenda podre nas escolas, contra o desvio de verbas públicas, contra a violência, contra as pancadas que o Governo desfere no povo todos os dias, inclusive nas crianças, com a ausência de políticas públicas que contemplem uma infância saudável e com oportunidades.

Discutir o indiscutível é a armadinha que preparam para Vossa Excelência. Fuja dela e volte para a razão de seu mandato: a defesa do povo paraibano.
O resto não serve nem como notícia, sendo esta a intenção.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Veneziano usa a boa educação e manda convites

Veneziano é muito educado. Tanto que quando me contrapus a ele sentia dificuldade para certas pancadas. Ele sempre reagia com educação, até quando eu me excedia.
Não é fingimento. De fato, o prefeito assimilou os ensinamentos de Dona Nilda e de Vital. Assim, é que cumpriu sua obrigação e, com educação, convidou o governador do Estado e o Senador eleito, Cássio Cunha Lima, para o maior e melhor São João do mundo. Para isso, combinou com Vitalzinho, é claro. Não contrariou o irmão não, apenas o convenceu.

É bem certo que Cássio não precisa de convites para participar do São João em sua terra. Mas, formalmente, faz diferença. Com a atitude, Veneziano sobe um degrau nessa discussão tão reduzida. Empresta educação, no mínimo, para um governador tão mal- educado, com tantas demonstrações tacanhas, no trato com o poder e com os adversários.

Mas, não é apenas educação que leva Veneziano a essa decisão. Ele marca pontos também na política, na boa imagem, na humildade. Características que, aliás, o eleitor e a eleitora adoram. Evita também que o governador, que não é de Campina e nem conhece o povo, seja desagravado pela oposição.

Além disso, abre espaços para dizer e mostrar que a festa será grandiosa, independentemente, da ausência de apoio do governo estadual.
A fala ponderada, serena, demonstra também, dentro do jogo político, que não há desespero. Afinal, Veneziano, duas vezes prefeito de Campina Grande, tem pelo menos meia dúzia de opções para a disputa em que tentará eleger o sucessor ou a sucessora. Tem, portanto, motivos para sorrir, festejar.

Fica fácil manter a compostura, ainda mais quando já se é dotado da boa educação.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma cadeira no Senado. A diversidade e o idioma

O que vale uma cadeira no Senado?
E várias manobras têm adiado a posse do senador eleito Cássio Cunha Lima que já perdeu 04 meses de mandato. Já perdeu também espaços, haja vista que o Senado Federal se organiza nos primeiros três meses. Mas, é claro, que, ao assumir e sendo de um partido grande, terá sim espaços, talvez não tão nobres, mas terá.
Enquanto esse dia não chega, os adversários se organizam. E este é o maior prejuízo. Faz diferença em todos os setores da política. O nível de influência é reduzido, a briga no PSDB fica desequilibrada. O espaço como aliado de RC é um com mandato e outro sem.

Já tratei aqui em várias ocasiões sobre o mandato em si, nem vou voltar ao tema. A posse virá. O ocupante do mandato, Wilson Santiago, também sabe disso, mas integra um jogo que vai além de sua decisão pessoal. É do PMDB, adversário de RC, e tem apoio do Planalto, haja vista que a sua saída representa uma cadeira para o PSDB, de Serra, de Aécio e, sobretudo, de Alckmin, principal problema do PT, que quer, a qualquer preço, tomar São Paulo.

O jogo é grande e dizem, em Brasília, envolve gente graúda dos vários poderes. O eleitor é a maior arma de Cássio. Entretanto, esse eleitor só decide em tempos de eleição. No resto, o jogo é jogado pelos ocupantes do poder.

A luta é pelos direitos humanos, como toda cidadã e todo cidadão
Todos, mulheres e homens, têm direito à felicidade e de transitar pela sociedade, sem restrições. Assim, é que os direitos civis dos homossexuais são indiscutíveis. Eu vou dar um tempo. Não discuto mais sobre este direito. São direitos humanos. E ponto. Quem tiver suas restrições deve se educar. Respeitar. Afinal, direitos humanos não são passíveis de escolha, aceitar ou não. São direitos. Fim.


Somos pessoas. E a opção sexual, que é um traço da personalidade de cada um e cada uma, é algo que compete apenas à pessoa decidir.

A língua que sofre
A língua de um povo talvez seja a sua maior identidade. Não é à toa que povos dominantes, quando se apropriam de outro, tratam logo de banir a língua, o idioma.
Exemplos disso são os Bascos, na Espanha, que durante muito tempo foram proibidos de falar seu idioma, de batizar seus filhos com nomes bascos. O povo Curdo, cuja maioria vive na Turquia, também tem seu idioma proibido. Esses e outros povos resistem, bravamente, para que o idioma permaneça vivo e forte.


Enquanto isso, o Ministério da educação adota livro que rasga a gramática e diz não à língua mãe. Introduz um conceito atrasado de nivelar por baixo. Opta por não educar. É mais fácil.

A idéia de “não constranger” constrange toda uma nação. Fico imaginando se essa gente enfrentasse a adversidade de uma luta em defesa do seu idioma. Certamente, haveria acordo fácil para adotar a língua do agressor.


A autora do tal livro, Heloísa Ramos, saiu do anonimato para ensinar que falar errado está certo. A pretexto de defender o que classifica de fala popular, a autora diz que “nós pode” pode sim ser falado. Poder até pode, professora, mas, não devemos.

Nessa mesma linha, temos um Ministro da Educação que fala cabeçário e não cabeçalho. Veja você mesmo: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/heloisa-ramos/

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Os cachorros graúdos estão se mordendo. Bom para o povo.


O grupo São Braz foi multado em R$ 7,5 milhões. Não pagou e ainda teve a multa anulada. O escândalo foi revelado pelo Jornal Correio da Paraíba, neste momento aliado do Governo RC.

Segundo o jornal, a dívida decorre de ICMS não pago no período de 2005 até 2007. O fiscal da Receita, Newton Arnaud Sobrinho, lavrou o auto de infração que foi anulado pelo então secretário da Receita, Nailton Rodrigues Ramalho.

Tudo isso quem nos conta são os meninos do Correio, sistema que já matou e morreu por Maranhão e agora mata e morre pelo atual governador, Ricardo Coutinho, adversário de José Maranhão, o que os leva a denunciar atos do governo anterior, governo que já defendeu.

Antes que você antipatize com esse fato, atente: isso é muito bom para o povo. Essa turma brigando é ótimo.

Continuemos, para entender. A revelação do imposto não pago veio à tona após a denúncia que virou escândalo nacional (veja detalhes abaixo) da merenda escolar, terceirizada, de péssima qualidade, cara, podre.

Ainda, segundo o Sistema Correio, aliado do governo RC e inimigo do Sistema Paraíba (Grupo São Braz) a denúncia da merenda podre só foi feita porque o bolo da verba publicitária do estado, não foi repartida, apesar de milionária.

Aliás, este quesito da verba publicitária é capítulo à parte e já houve até divulgação dos vencedores. Nomes de jornalistas, radialistas, empresários, sabujos, além de empresas e, valores, antes mesmo da licitação realizada.

Toda essa baixaria é ótima para o povo. Traz à tona os meandros do poder. Mostra a ausência de isenção dos sistemas de comunicação, obriga alguns (não todos) jornalistas a mostrarem a cara no jogo do interesse financeiro que possuem. E o melhor de tudo: revela o sofrimento do povo, o pesadelo que são os serviços públicos e como é humilhante estudar em escola pública, consumir a merenda, precisar de médico, no sistema de saúde, esperar e depender de um governo que, simplesmente, teria de cumprir, mas não cumpre o seu papel.

Assim, nós, os mortais, haveremos de ter uma leve esperança. Na briga de cachorro graúdo pode ser que o Ministério Público e a justiça tomem partido e fiquem com o povo. Pode ser que um promotor, isento e sem amarras, pegue todo mundo.
E, em meio a tudo isso, a torcida é para que o debate aconteça sobre o que de fato importa:

Está errado terceirizar a merenda.

Está errado oferecer lavagem em lugar de comida.

Está errado fazer de conta que não há problemas no que foi denunciado e revelado, independentemente, das razões que levaram a isto.

Está errado também isentar grandes empresas de pagamento de dívidas milionárias.

Está errado favorecer fora das regras e normas vigentes.


De todo modo, estamos no lucro. Se a turma estivesse amiga, Sistema Paraíba e Governo, nós jamais saberíamos, nem da merenda podre, nem do ICMS fraudado.



Tomar a merenda das crianças é crime de lesa-pátria

Procurei por toda a parte a repercussão das denúncias de irregularidades no fornecimento da merenda escolar na cidade de João Pessoa, reportagem que foi ao ar no Fantástico, programa da Rede Globo de Televisão. Achei tímida a cobertura no Estado. Muito bate-boca, defesas, acusações, mas pouca informação para o povo.
Houve até quem falasse em armação. Tese que, aliás, cai por terra quando aparece um prefeito com cara patibular (em tese), dizendo que em dois meses vai cancelar a terceirização da merenda e a prefeitura será responsável por todo o processo. Alguns pontos merecem destaque:

1. A terceirização não é recomendada pelo Ministério Público. Quem terceiriza deixa de receber a verba do governo federal. No caso de João Pessoa algo em torno de 2 milhões de reais. Qual a razão que leva um governo a deixar de lado a recomendação do MP e ainda dispensar verbas?

2. “Recentemente, em 9 de fevereiro, a Promotoria de Defesa dos Direitos da Educação entrou na Justiça com uma ação civil pública apontando irregularidades na merenda de João Pessoa. São réus o prefeito Luciano Agra e a SP Alimentação”. A armação seria do Ministério Público?

3. As imagens mostram um carro comum levando as carnes que deveriam estar acondicionadas em carros refrigerados, próprios para esse transporte. E essa parte da armação, teria sido combinada com os funcionários a entrega daquele modo?

4. O Ministério da Educação (MEC) determina o que deve ter no prato dos
estudantes. A merenda precisa suprir, no mínimo, 20% das necessidades nutricionais diárias e ter pelo menos três porções de frutas e hortaliças por semana. Armaram para servir Mugunzá (eu gosto, mas tem pouco valor nutritivo) e um macarrão que, cá entre nós, o filho do prefeito, se filho houver, comeria aquilo? E o filho do governador? Será que arriscariam a saúde do menino?

5. Uma das empresas investigadas é a SP Alimentação. O dono, Eloizo Durães, chegou a ser preso ano passado, acusado de pagar propina a dois vereadores de
Limeira, interior paulista. Entre as 13 cidades atendidas pela empresa, estão quatro capitais: São Paulo, Recife, São Luís e João Pessoa. Em janeiro, o Ministério Público recomendou à prefeitura que o contrato com a SP Alimentação não fosse prorrogado. Mas isso não aconteceu. Armaram para que o inocente e ingênuo prefeito assinasse tal contrato, com empresa encalacrada com a justiça?

Eis aí alguns fatos que bastam. Para uma imprensa livre, bastam. Para outra parcela, vale mais ajudar as autoridades a explicar, deixando de lado até mesmo sua indignação de saber que esse crime é contra crianças. É um crime de Lesa-Pátria, como disse Alexandre Garcia. Esses e essas estão sabotando o futuro do país.

Impressiona também saber que um prato com arroz, feijão, carne, salada, acompanhado de suco, sai por 0,80. Se for frango o valor cai para 0,60. As nossas crianças não merecem esse investimento?

Uns chamam de crime, outros de falhas. Mas, o fato é que providências têm de ser tomadas em beneficio das crianças de João pessoa. E ponto.

O fato é grave. Portanto, Viola no saco, mangas arregaçadas, desculpas ao povo e providências já. É a única coisa que cabe.

OBS: Tentamos colher a versão da prefeitura e do prefeito Luciano Agra. Ligamos, duas vezes, para a secretária de Comunicação, Marly Lúcio, enviamos email, cobramos, com outro email, o pronunciamento. Entretanto, nenhuma resposta foi dada. Esperamos por uma semana.

Após a denúncia do fantástico sobre a merenda podre, fedorenta, cara e inadequada das escolas de João Pessoa...
O competentíssimo Luis Torres afirma que negociações entre o Sistema Paraíba e o Governo Ricardo Coutinho estão em curso. Segundo o jornalista em breve as notícias vão parar. Diz o jornalista:
“Chegará um tempo, e esse tempo está mais próximo do que se imagina, (...) que vocês (o povo) serão trocados por gordas verbas publicitárias, que de gestão em gestão conferem ao Sistema Paraíba o título de maior cliente do governo”. E completa: Se vocês ainda não sabem, não se enganem: as conversas sobre a substituição já estão em curso. “Aproveitem, então, enquanto tem tempo”.

Fiquei intrigada. Como Luís Torres já foi servidor do Sistema deve saber do que fala. Mas, minha intriga pior é no seguinte sentido. E os fazedores da comunicação que antes eram críticos e hoje são mansos, também recebem as tais verbas?

Bem, por enquanto, o jornalista parece estar errado apenas quanto às acomodações. Antes, o coletivo vai denunciar o sistema Paraíba, que não disputa eleições e não precisa de votos. Portanto, está levando a melhor nessa queda de braço.

Em tempo: E se você não entendeu porque a questão poderá ser resolvida pelo governo do estado, é simples: a prefeitura é uma sucursal do governo, dominada pela mesma seita/coletivo que está no governo. Oremos, pois!

Esclarecendo: Essa denominação Coletivo Ricardo Coutinho vem desde os tempos do PT. O PT, como se sabe, tinha e tem várias correntes: DS-Democriacia Socialista: Libelu – Liberdade e Luta; Articulação – que é a majoritária – a de Lula; Movimento PT; PT de Lutas e de massas; Construindo um novo Brasil (essa mais recente); Novos Rumos, PT Amplo, Unidade na luta etc.
Note que as várias correntes têm nomes gerais, sem personalismos. Mas, o coletivo RC não. Este tem o nome do chefe e é voltado inteiramente para o chefe.

Ilustrações:
1. Obra de Raquel Schembri
2. Robson Pires

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Verba extra para os partidos


Incremento no fundo partidário livra grandes legendas de dívidas
Os maiores partidos políticos do país fecharam o ano de 2010 com verdadeiros rombos em suas contas. O ano eleitoral deixou no PT, pós campanha Dilma, um déficit de R$ 16 milhões, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. Já o PSDB fechou o ano com déficit de quase R$ 12 milhões.

Apesar das dívidas milionárias, ninguém perderá o sono. O Congresso Nacional conseguiu dar um jeitinho: elevou, em janeiro/2011, em 100 milhões os repasses da União para o Fundo Partidário. Desse modo, o PT receberá 16,8 milhões extras neste ano, oriundos do incremento do Fundo Partidário, já aprovados pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Detalhe: não será debatido pelo plenário. O PSDB receberá R$ 12 milhões, verba suficiente para pagar as contas e ainda sobrar um troco.

Em 2011, o Orçamento da União destinará R$ 265 milhões para o Fundo Partidário, ao invés dos R$ 165 milhões previstos. Além disso, constam da previsão orçamentária mais R$ 36 milhões, referentes à arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral, como as pagas por eleitores em situação irregular e as devidas em condenação judicial por partidos políticos e candidatos.

AplicaçãoA lei diz que os recursos oriundos do Fundo Partidário devem ser aplicados na manutenção das sedes e serviços do partido, sendo permitido o pagamento de pessoal até o limite máximo de 50% do total recebido. Pode também ser aplicados na propaganda doutrinária e política; no alistamento e campanhas eleitorais; na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política, no valor mínimo de 20% do total recebido.

Os recursos também poderão ser utilizados na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, conforme percentual fixado pela direção partidária, com o mínimo de cinco por cento do total.
Na prestação de contas devem ser discriminadas as despesas realizadas com recursos do Fundo Partidário. A Justiça Eleitoral pode, a qualquer tempo, investigar sobre a aplicação dos recursos.

Com informações TSE/Senado Federal

Ministra devolve dinheiro e permanece no cargo


A Ministra da Cultura, Ana de Holanda, anunciou nesta quarta-feira, que não vai deixar o cargo, como dito anteriormente.

Sofrendo desgaste no governo, Ana de Holanda, esteve em São Paulo, na assembléia Legislativa, para reunião com a classe artística. Após a reunião, a Ministra pediu escolta, da sala em que se encontrava até o carro, para evitar os jornalistas. Houve tumulto, jornalista agredido pela polícia, uma confusão.

Tudo para não responder às incomodas perguntas, como, por exemplo, diárias pagas para a Ministra em datas que antecedem a eventos no Rio de Janeiro e a autorização para sua sobrinha, Bebel Gilberto, captar 1,9 milhões de recursos para sua 1ª turnê brasileira. A artista atua muito no exterior.

Ana de Holanda é irmã de Miúcha, mãe de Bebel. E é também irmã do compositor Chico Buarque, um dos maiores entusiastas da campanha de Dilma. Segundo o MINC, não houve favorecimentos à sobrinha da Ministra.
A ministra vai devolver o dinheiro das diárias. Recebeu em quatro meses R$ 35,5 mil reais.

Foto: JC

Ainda hoje, apanhado sobre o caso da merenda escolar de João Pessoa.

domingo, 1 de maio de 2011

Cícero, o paciente
Cícero Lucena sai na frente na disputa interna pela permanência no comando do PSDB. O senador já estava muito bem, pois tem mandato direto sem os percalços da justiça, está à frente da poderosa 1ª secretaria (para quem conhece Brasília, isto não é pouco) e tem prestigio no PSDB em nível nacional, conquistado em anos e anos de trabalho partidário. Trabalho burocrático e chato, que poucos querem desenvolver.
Cícero fez e é um nome de peso na esfera partidária.

Mas, precisava mais. Há o senador eleito Cássio e havia um vice-governador, que voou em um click ao embarcar na fraude encabeçada por Kassab, o PSD. Fraude porque a Lei só permite migrar de partido, para os que têm mandato, quando há notória diferença ideológica. Não é o caso, pois o PSD nem ideologia tem e sabemos bem como, e porque, foi criado.


Mas, Cícero teve paciência. Sabia que a vaidade de Rômulo Gouveia não permitiria que ele continuasse como coadjuvante diante de uma chance de ser a estrela. Esperou e o vice-governador se mandou. Rômulo já tentara esse voo antes quando ameaçou ir para o PPS. Naquela ocasião Cássio era governador. Agora, a coisa é diferente. O resultado é que o PSDB não é mais governo e Cícero e companhia estão à vontade na oposição. Ficou livre de um problema.

Há, então, o senador Cássio. E novamente, Cícero parece ter paciência. Cássio terá de tomar uma decisão rapidamente. Cícero pode esperar. Cássio tem a eleição de Campina Grande pela frente. Não pode falhar e perder pela terceira vez. Cícero tem a de João Pessoa e menos problemas. Tem o domínio do partido na capital e no Estado, tem mais de um provável candidato ou candidata, além dele próprio, e tem importantes aliados. Todos, aliás, estão contra o coletivo. PMDB e PT, inclusive.

Em Campina, o candidato de Cássio é Romero. Está filiado ao PSDB, mas há que se avaliar se é vantagem. Romero, o candidato de Cássio, só permanecerá no PSDB se houver uma chance de acordo. Por isso, Cássio diz só conversar com Sérgio Guerra junto. Não havendo acordo, vai migrar para o PSD, partido que, aliás, pode abrigar também o filho do senador, mas apenas por estratégia. O menino não é o candidato, não tem vocação para esta confusão. Dizem que é empresário bem sucedido, apesar de jovem, e navega em outras águas. Só irá para o sacrifício se todos os planos falharem.

O quadro acima e a reação do senador eleito Cássio, reação de muita raiva, mostram que Cícero está com uma ligeira vantagem e de quebra tem usado o regulamento.


A democracia do penico
Eu esperei uma eternidade, mas o assunto ‘forró de plástico” continuou lá. O enfoque é uma chatice, uma aberração, um absurdo. Acho que pensam, como diria aquela “filósofa”, que nosso ouvido é penico.

Gostar ou não dessa ou daquela banda não é a questão. Eu, particularmente, não gosto nem do nome de algumas, mas respeito todas elas. Aliás, respeito o povo que delas gosta. É assim que é em uma democracia. E ademais, é muita arrogância querermos agora determinar o que é bom ou ruim. O povo tem o direito de fazer as suas escolhas. Para preservar determinada cultura devemos dar acesso a todas as informações para que a sociedade faça suas escolhas, livremente. E nem sempre o resultado é bom para os nossos conceitos.

Chico César é a trilha sonora de grandes acontecimentos de minha vida e sei, que da vida de muita gente boa ou até algumas bem ruizinhas (nem só dos bons se vive), mas errou e errou feio ao rotular, apontar, discriminar. E mesmo um poeta grandioso como
Chico César precisa refazer seus conceitos.
A diversidade é mais que um direito. É um conceito de vida. Precisa aprender. Do contrário, continuará sendo usado por quem faz uma democracia de encher penicos.


O São João do mundo
A primeira correção que quero fazer: O São João não é de Campina Grande. É da Paraíba, é de João Pessoa, é do mundo. A festa já foi tema de documentários internacionais. Entrou nas maiores redes de televisão do mundo. É tema recorrente no nosso noticiário nacional. A única dúvida, na verdade, brincadeira, é se temos o maior aqui ou o maior é de Caruaru. Nunca fui à festa de lá. Por isso, não sei dizer. Nem vou à Caruaru para não dar o cabimento da dúvida.

Dito isso, é um absurdo o governo do Estado fazer pirraça e negar apoio ao maior e melhor São João do Mundo. Não é inteligente. A festa rende dividendos para o turismo do estado e do país. O príncipe que casou na Inglaterra gastou 80 milhões com a festança, mas recolheram 2 bilhões na movimentação turística. Quem vai queimar a monarquia. Ela rende e rende muito. Esta deveria ser a visão por aqui. Mas, a politicagem ainda é a tônica. RC não é o primeiro a usar o expediente e sem será o último.

E depois, o governo não está no comando em Campina Grande. E nem estará. De um lado há o seu maior concorrente para a eleição de 2014, Veneziano. E do outro está Cássio, por enquanto um aliado, que se estiver sem opção, como aconteceu em 2010 é melhor para RC. Foi assim que ele ganhou 64% dos votos de Campina, doados por um Cássio sem opção e precisando sobreviver.

1. Não adianta: CG só votou nesse homem porque Cássio pediu. O voto de confiança foi dado, mas Campina é especialista em tirar quando acha que foi traída. Barbas de molho!

2.Em tempo: Esse negócio de achar que o RC está beneficiando Pernambuco é bobagem. Ele não tem prestígio para isto. Nem faz diferença.

3.Faltou espaço para abordar a trajetória de uma moça muito competente que, em apenas dois anos, fez carreira meteórica na Paraíba.

4. Veneziano teve, mas não deveria, a humildade de esperar por duas horas para ser atendido pelo governador do Estado.


Ilustração - Fonte ClavedoSul