sexta-feira, 10 de maio de 2013

Correção:

A matéria abaixo contem uma imprecisão. Pelo acordo firmado com o PPS, o PMN fica na presidência de Pernambuco também, a exemplo da Paraíba, Maranhão, Ceará, DF, Goiás, Rio Grande do Norte e outros. O PPS fica com São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul etc

O PMN não foi incorporado pelo PPS. O acordo é de fusão.


Tomo emprestada matéria do Correio da Paraíba, que explica as bases de um acordo honrado de fusão, firmado entre o PMN e o PPS. Os problemas observados na Paraíba vêm ocorrendo em todos os Estados onde o PMN fica com a presidência. Nos Estados onde o PPS está na cabeça, nós do PMN temos honrado o acordo e não há problemas.

O PMN não abre mão das bases do acordo. E este não sendo cumprido não haverá fusão.


A matéria foi escrito pela jornalista Adriana Rodrigues.


SEM PRESENÇA DE LIDERANÇAS DO PPS, MD DEFINE QUE DIRETÓRIO NO ESTADO SERÁ COMANDADO PELO PMN

Publicada em: 10/5/2013 às 8:52

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Sem a presença das principais lideranças do PPS na Paraíba, a vice-presidente da Executiva Nacional da MD (Mobilização Democrática), Telma Ribeiro, apresentou ontem à noite, em reunião no Hotel Caiçara, em João Pessoa, informações sobre o processo de fusão entre o PMN com o PPS para criação do novo partido e os critérios utilizados para definição do comando dos diretórios nos Estados.

Na Paraíba, conforme anunciou Telma Ribeiro, MD será comando pelo PMN, que tem à frente a jornalista Lídia Moura. Os demais membros do diretório só serão formalizados, conforme revelou, quando houver o deferimento do registro definitivo do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo a dirigente nacional e atual presidente em exercício do PMN, a divisão do comando partidário nos 27 Estados da Federação foi feita de forma equânime, em comum acordo com o presidente nacional do MD, o deputado federal Roberto Freire, de forma consensual.

“Além da Paraíba, o PMN vai ficar no comando dos diretórios dos Estados de estados como Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Maranhão e Sergipe. Já o PPS, ficará com Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso”, adiantou.

Em relação aos diretórios municipais, que ainda serão mapeados, serão definidos de acordo com a realidade de cada município, dando prioridade para responder pelo comando para o partido que tiver maior estrutura, representatividade política local e prestação de serviço. “Essa definição já foi feita em Pernambuco. Aqui, vai ser iniciado agora, sob o comando da companheira Lídia Moura. Terá maior chance de ser indicado para o comando o filiado que participar ativamente da linha de frente dos trabalho de formação do partido”, afirmou a vice-presidente do MD.

Lídia Moura ressaltou a importância da reunião com a presença da vice- presidente nacional do MD, que está percorrendo vários estados para manter os filiados das duas legendas que participam do processo de fusão – PPS e PMN – informados sobre a tramitação processual e sobre as deliberações da direção nacional em relação à composição dos diretórios. Mas lamentou a ausência das lideranças do PPS, que foram convidadas para a discussão, mas não compareceram.

“Convidamos para reunião a presidente estadual do PPS, a deputada Gilma Germano, e o vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira, que infelizmente não compareceram. Acho que houve desinteresse. Mas agora, com a situação já definida, não vamos abrir mão do acordo firmando em nível nacional, que garante ao PMN a coordenação do MD no Estado”, declarou Lídia Moura.

Pré-candidatura

A presidente do PMN e coordenador do MD destacou ainda, que o partido já nasce grande na Paraíba, contando com presença do deputado federal Major Fábio, que já assinou o termo de compromisso de filiação ao partido e já se apresentou com pré-candidato ao Governo do Estado. “O partido já nasce grande e contamos com perspectivas de crescimento em todo o Estado, com filiações de deputados estaduais, vereadores, prefeitos e vice-prefeito”, afirmou.

Além de Lídia Moura, várias lideranças do PMN participaram da reunião, que contou também com a presença do deputado Major Fábio, do presidente da Câmara Municipal de Bayeux, Rômulo Alencar, o vereador de Campina Grande, Sargento Régis, os suplentes de vereador Alcidor Villarim e Saulo Germano (ambos de Campina Grande), além do ex-candidato a deputado estadual Bala Barbosa, além de um deputado estadual da legenda pelo Rio Grande do Norte.
FONTE: DO CORREIO DA PB

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

“Rega as tuas plantas. O resto é a sombra de árvores alheias”.(*)


Os partidos PPS e PMN foram ao limite do sacrifício. Abriram mão de sua existência para fundar um novo partido, um novo projeto. Nunca mais serão chamados por PPS ou PMN. Não mais terão como referências as suas simbologias. Decidiram seguir em frente.

Parte do PPS já conhece a dor de nascer de novo. Sim, porque nascer também é difícil, doloroso até.  Era o partidão (PCB) e para se firmar como esquerda democrática se reinventou como PPS.

Os mais jovens e os militantes que chegaram há pouco não tem ideia do quanto foi difícil esta passagem. Muitos de nós sofremos como viúvas ou crianças sem mães ou como pobres almas sem caminho. Tanto que, como consolo, fomos por muito tempo chamados de históricos, internamente, como a lembrar que chegamos em tempos mais duros, mais difíceis. Alguns de nós nem tanto, pois já chegamos no fim do regime totalitário. Outros, sofrerem todo o mal do tal regime, como a tortura, o exílio, a perseguição política e pessoal.

Para o PMN, também será difícil. São 25 anos de história, sem se entregar às bandeiras fáceis. Começou lançando candidatura própria a presidente do Brasil em 1989 e lá atrás, quando ninguém queria, o PMN se postou ao lado de Lula numa aliança com apenas 05 partidos (PT,PMN,PL,PC do B, PCB), que resultou na primeira eleição, em 2002. Lá não ficou por não ter tido os acordos políticos honrados. Embora o poder fosse o caminho mais fácil, afastou-se e se manteve até hoje na oposição. Pode comemorar. Nenhum dos seus esteve pelo mensalão, por exemplo.

Há também o fato de que é um partido sem muitos embates internos. Pelo PMN se cultiva a cultura do consenso, da negociação pacífica, contornam-se montanhas para não ter de abrir fendas.  Somos pequenos, mas organizados, e já elegemos o suficiente para sobreviver.  Há os que sempre saem em busca de novos amores. Foi assim quando perdemos para o partido do Kassab, deputados, senador, governador, vice-governador.

O leitor deve está confuso, pois estou nas duas casas. Sim, sou oriunda do partidão, fundadora do PPS, desisti, voltei, e no processo de fusão entre PMN/PPS de 2006 deixei o PPS e seguir com o PMN.
Mas, voltemos ao que é importante. O que de fato importa nesta fusão é o realinhamento da oposição, que se junta de modo consistente para apresentar um projeto ou projetos para o Brasil.

O primeiro enfrentamento se deu no Congresso Nacional, que a mando do Planalto tentou uma manobra mudando a Lei, de modo a prejudicar os novos partidos que surgem, democraticamente. Trata-se do PL 4470/12, do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), cujo texto determina que deputados não podem carregar consigo, caso mudem de partido, tempo na propaganda eleitoral e recursos do Fundo Partidário para as legendas para onde decidam se transferir. Ou seja, o que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) conseguiu na Justiça ao fundar seu partido não será mais aplicável, se valer a manobra do Planalto, via Congresso Nacional.

Sobre a fusão, há apreensão nos estados, em nível nacional e em meio à militância. Toda mudança resulta em dúvida e pode provocar resistências, grita até. Por isso, há que se apegar ao que norteia essa fusão.
O Partido que surge, com o nome MD 33 – Mobilização Democrática, aponta para uma resistência e oposição ao poder hoje estabelecido. E não haverá meio termo. Será oposição ao governo federal, estará em campo oposto ao palanque de Dilma.

A partir dessa “clausula pétrea” para a nova sigla, os Estados serão estimulados para que a MD lance chapas completas. Governador, Senador, Deputados Estaduais e Federais, sempre que possível.

O desafio é juntar essas militâncias em torno de um projeto que lhes pertence. Não precisam ficar sob as “sombras de árvores alheias”. O caminho é mais longo e duro, mas é para isto que forma feitos os partidos. Têm obrigação de apresentar propostas e projetos políticos completos para a sociedade. 

Na Paraíba, a velha prática de coronéis tenta interferir. Setores dessa política carcomida, defasada e senil, está a estrebuchar, pois que não se conforma em vê como possibilidade de coordenação uns e umas que não são oriundos (as) de velhos grupos, famílias poderosas, oligarquias. Não entendem que esta fusão tem dois times, metade do PMN e a outra metade do PPS. Nada será possível sem esse entendimento.

A legenda já surge maior do que podem admitir. Um deputado federal se somou ao projeto com a disposição de se lançar candidato a governador em 2014. Major Fábio é um alento e fortalece a política dos que não querem pertencer nem aos velhos coronéis, nem aos coronéis mais moços. Fortalece os que plantam árvores para, no crescimento destas,  utilizarem-se de sombras da melhor qualidade.

Pra frente é que se anda. E sob a sombra de nossas árvores frondosas, tanto melhor.

Lídia Moura


(*) Fernando Pessoa/Odes ( Ricardo Reis, 1-7-1916 )

Nota: Peço desculpas aos leitores (as) pelo espaço de tempo sem atualização da coluna. O motivo é justo. Cuidava de ajudar na fusão que resultou na MD33