quinta-feira, 17 de outubro de 2013

PMN cresce e demonstra organização e estratégia para as eleições 2014.



Um levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contendo os dados preliminares das filiações partidárias de pré-candidatos (as), no prazo legal, demonstra que o PMN – Partido da Mobilização fez a sua lição de casa e teve um crescimento de 5,37%, com a filiação de 62 pré-candidatos (as), ficando em quarto lugar numa lista de 32 partidos,  atrás apenas do partido do governador, o PSB, do PT do B, que também integra o projeto do governador e do PMDB, que registrou 75 novas filiações.


De acordo com o TSE, os partidos políticos receberam 1.153 novos filiados, de 22 de abril a 5 de outubro deste ano, na Paraíba.  O levantamento mostra que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) reforçado pela Rede Sustentabilidade recebeu 226 filiados. Em seguida, vêm o Partido Trabalhista do Brasil (PT do  B), com 109 filiados, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 75 e o Partido da Mobilização Nacional (PMN), com 62.


Na seqüência estão: Partido Verde (PV), 50. O Partido Progressista (PP) recebeu, neste período, 43 filiados, o Partido Social Democrático (PSD), 39, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), 35, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), 35, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros), 34, e o Partido Popular Socialista (PPS), 32.


Os que receberam menos filiados foram o Partido Democrático Trabalhista (PDT), 10, o Partido Social Democrata Cristão (PSDC), 8, e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), 3.


O PMN - Partido da Mobilização Nacional utilizou estratégia semelhante àquela adotada nas eleições municipais de 2012 e filiou um grupo de pré-candidatos (as) para viabilizar uma chapa forte para deputado estadual, sem a necessidade de coligação na proporcional, além de nomes para deputado federal.


De acordo com Lídia Moura, presidenta estadual da legenda, o PMN prioriza as chapas de deputado estadual e federal, mas poderá ter também candidatura própria para governador e senador.  “A nossa prioridade é eleger deputados e deputadas. Assim, vamos decidir junto com os nossos candidatos e candidatas a melhor estratégia para a conquista desse objetivo, mas não descartamos chapa completa”, disse Lídia.


O PMN informa ainda que, além dos pré-candidatos (as) filiados agora, o partido pretende também convencer alguns antigos filiados com potencial eleitoral a se integrarem ao projeto de candidaturas 2014.

Fonte: Correio da Paraíba/TSE


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Uma celebração de igualdade e respeito aos direitos humanos.


Reproduzo na íntegra o release que recebi da assessoria de Daniela Mercury, que casou com a jornalista Malu Verçosa. A cerimônia foi para poucos e teve a participação da família de ambas. Simples como qualquer casamento. Celebro, certa de que o amor não tem sexo nem as amarras que parte da sociedade insiste em impor.

Uma cerimônia linda e emocionante onde o amor foi o personagem principal



O casamento civil de Daniela Mercury e Malu Verçosa começou com a Ave Maria, cantada por Daniela ao vivo. 

As duas atravessaram a casa com lindos buquês e vestidos customizados pelo grande artista plástico Iuri Sarmento, um mineiro radicado na Bahia que faz uma moderna pintura barroca. Iuri criou uma estampa de flores exclusiva para as noivas que foi pintada à mão em cada vestido. Um trabalho artístico delicado e rico em detalhes. Logo depois da Ave Maria, a sobrinha de Malu, Ana Maria Verçosa, cantou lindamente a música Aleluia, de Leonard Cohen e interpretada por Jeff Buckley. 

O coro era formado por amigos especiais do casal, pela irmã de Daniela, Cristiana Mercuri, pelo filho, Gabriel Póvoas e pela nora Taís Nader. Entre refrões da musica, Daniela e Malu leram textos escritos uma para a outra que vão ser publicados no livro "Daniela e Malu: Uma História de Amor". Eram declarações de amor e de paixão. Gabriel fez ainda um dueto com a Daniela cantando Paginas do Mar para Malu. Ele e a mulher, Tais Nader, cantaram Pela Luz dos Olhos Meus. E até Malu se arriscou cantando a musica Ai, Ai, Ai, Ai, Ai, de Ivan Lins, para a amada. As músicas foram pontuadas com as declarações das duas e com poemas declamados pelos padrinhos, por outra sobrinha de Malu, uma sobrinha de Daniela e pela filha de 15 anos, Márcia Vanessa.

As alianças que foram feitas exclusivamente para o casal pelo badalado designer Carlos Rodeiro, foram levadas por Alice, filha de 12 anos. Uma peça delicada, com cara de joia antiga, com uma flor linda de brilhantes cravada.

Malu e Daniela ainda cantaram juntas Amor de Índio, em mais um momento emocionante da celebração, que deixou os pais das duas com lágrimas nos olhos.
A casa de Daniela, em Salvador, ficou repleta de flores e a responsável por toda a organização da festa foi Nil Pereira.

Alguns convidados vieram de longe como o presidente do Unicef no Brasil Gary Stahl, a atriz e poetisa Elisa Lucinda, que a pedido das noivas recitou "A lua que menstrua".

A cerimônia musical e poética foi finalizada com alegria, ao som de Maria Maria, cantada por todos. Foi um casamento para entrar para a história do Brasil, como uma celebração da igualdade, do respeito e dos direitos humanos.

A festa terminou ao som das pick ups do famoso e querido DJ Zé Pedro, que veio especialmente de São Paulo para festejar e colocar todos para dançar na comemoração da união de Daniela e Malu.
Daniela agora leva o sobrenome "Mercury de Almeida Verçosa" e Malu é "Verçosa de Sá Mercury"!

Fotos: Célia Santos

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Cássio é candidato e vai provocar a Grande Reunião



O senador Cássio Cunha Lima será candidato a governador. O grupo de seguidores em Campina Grande já começa a preparar o terreno e acomodações devem ocorrer, em breve. 

O governo RC, antes sem problema algum, começa a ter pontos e ações apontados como “divergências graves”, a exemplo da segurança, o que vamos combinar: é a mais pura verdade. Caos é apelido. A falta de segurança chegou a ponto de um ladrão roubar e continuar nas imediações roubando mais e aterrorizando as vítimas.

O tom começa a subir, no melhor estilo Cássio, que pontua e acentua os problemas quando a decisão já está tomada, madura, acertada. E até se aposta que o rompimento virá de Ricardo para Cássio e não o contrário. E já para a próxima semana.  

Também é no estilo Cássio que o PSDB começa a ser fortalecido com filiações e definições de  candidaturas. Quem será candidato a federal e a estadual já começa a ser dito, haja vista que o filho, Pedro, será deputado federal e não há acordo possível. Será e pronto. Quem quiser que venha neste cenário. O senador, neste ponto, não costuma enganar a ninguém. Joga aberto. Foi assim para eleger Ronaldo deputado. Propôs um chapão. Tinha razão, se viu depois. 

Em janeiro de 2013 tratamos do assunto. E repito: com a candidatura de Cássio o cenário muda completamente e até candidaturas serão alteradas. O maior prejuízo vai para Ricardo Coutinho que perde o seu maior aliado e um partido forte. Outro que perde é Veneziano, haja vista que Campina iria se dividir entre dois filhos e a preferência por Cássio, sendo ele próprio o candidato, se mostrou um atacado de estupor, até aqui. 

Sendo Cássio candidato, a discussão neste ponto praticamente se encerra. Vamos agora assistir como sai do governo que elegeu. Como diz isso à sociedade e quem vai acompanhá-lo. Poucos ficarão, é certo.
Na fase seguinte, e essa é a discussão que importa agora, vai decidir quem será o candidato a vice-governador e a senador. Para senador a aposta é Cícero, pela caminhada que se fez junto, pelo prestígio de Cícero no PSDB nacional, pela condição de garantir a vaga que Cícero possui. Para vice, veremos o seu critério nos próximos dias. Já há quem pensa em migrar para viabilizar o cenário necessário à indicação.

O que há de bom na candidatura de Cássio: um monte de babão de RC na hora da briga vai ter de bater, pois assim Cássio terá de ser defendido.  A parcela da imprensa que arrumou a vida terá de fazer uma opção. Os que defenderam RC com muita ênfase, porque amigo de Cássio, vão murchar, e isso é bem divertido.  Vozes, antes robustas, já silenciam.

Na outra ponta há Benjamin Maranhão no controle do novo partido, a Solidariedade (nome é bacana), que se diz, pra bandas de Brasília, se perfilará com Ricardo Coutinho. É possível, principalmente com a candidatura de Cássio, que se confirmada mesmo vai provocar a grande reunião, não necessariamente coalizão, integrada por: Maranhão, Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo, Vital do Rego Filho, Agnaldo Ribeiro (PMDB, PSB, PT, PSC, PP, além de PSC, PTC e outros que  "integram o projeto”). 

A grande reunião vai atuar contra Cássio e o PSDB e tem o aval do esquema nacional, que pretende manter o PT no poder. É antes uma reunião contra Aécio e o projeto nacional. Neste cenário, se Cassio vencer as eleições, significa que, na Paraíba, é imbatível, ainda mais se houver dois ministros da Paraíba na Esplanada.

Nunca é demais lembrar: todos os cenários são possíveis e desmontáveis. 

Lídia Moura - Jornalista
26/09/2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

PMN cancela a fusão com o PPS. Leia abaixo a nota oficial do PMN 33 sobre o fim da fusão.



Nota Oficial

O Partido da Mobilização Nacional – PMN33 convocou convenção partidária para o dia 28 de julho/2013, com o propósito de rever o processo de fusão instalado com o PPS e que resultaria na MD33, vez que diferenças de horizontes, hoje visíveis, terminaram por se sobrepujar à motivação que levou a maioria de seus integrante a admití-la.

Atento à gama de projetos relacionados com o mote “reforma política” como freio à corrupção e desmandos que levaram ao descrédito da população em relação à atividade política, para o PMN33 a fusão significaria o fortalecimento da base, resultando em crescimento real, novas perspectivas. O simples o anúncio da fusão, provocou o interesse de inúmeras lideranças, bem como de cerca de 300 (trezentos) detentores de mandatos municipais, estaduais e até federais, interessados em se juntarem a nos neste projeto. Aguardavam apenas o deferimento da fusão para esta integração.

Encantados com a perspectiva de crescimento real, nós do PMN33 mantivemos o nosso compromisso com as bases, garantindo a participação e a representatividade nos espaços de poder do partido daqueles (as) que fazem essas bases e trabalham na construção partidária.

Enquanto o PMN buscava este crescimento de base, os companheiros do PPS, focaram no crescimento de cúpula. A soma desses dois propósitos, poderia e levaria a MD33 a alcançar uma projeção considerável no cenário nacional.

Todavia, ocorreu o oposto. Focados essencialmente no plano federal e influenciados por uma “opinião legal” a nosso ver equivocada, nosso Parceiro – preocupado com a “segurança jurídica”, optou por manter em compasso de espera a conclusão do processo de registro, até manifestação do E. Tribunal Superior Eleitoral acerca de consultas aleatórias formuladas com o único intuito de obstrução.

Respeitamos a decisão unilateral dos Companheiros do PPS. Contudo, entendemos que tal posicionamento além de desgastar o relacionamento, exclui a motivação que nos levou a aderir à proposta de fusão.

Assim, o PMN33 seguirá só, acreditando na mobilização popular como o melhor caminho para a construção de uma sociedade justa e consciente, na qual, representantes do povo serão exatamente isso: representantes na defesa dos direitos dos eleitores, ao invés de se valerem dos mandatos outorgados para benefício próprio.

Desejamos aos Companheiros do PPS, sucesso em sua empreitada.
PARTIDO DA MOBILIZAÇÃO NACIONAL
TELMA RIBEIRO DOS SANTOS
Executiva Nacional


http://www.pmn.org.br/NewsDetails.aspx?arg=305

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Correção:

A matéria abaixo contem uma imprecisão. Pelo acordo firmado com o PPS, o PMN fica na presidência de Pernambuco também, a exemplo da Paraíba, Maranhão, Ceará, DF, Goiás, Rio Grande do Norte e outros. O PPS fica com São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul etc

O PMN não foi incorporado pelo PPS. O acordo é de fusão.


Tomo emprestada matéria do Correio da Paraíba, que explica as bases de um acordo honrado de fusão, firmado entre o PMN e o PPS. Os problemas observados na Paraíba vêm ocorrendo em todos os Estados onde o PMN fica com a presidência. Nos Estados onde o PPS está na cabeça, nós do PMN temos honrado o acordo e não há problemas.

O PMN não abre mão das bases do acordo. E este não sendo cumprido não haverá fusão.


A matéria foi escrito pela jornalista Adriana Rodrigues.


SEM PRESENÇA DE LIDERANÇAS DO PPS, MD DEFINE QUE DIRETÓRIO NO ESTADO SERÁ COMANDADO PELO PMN

Publicada em: 10/5/2013 às 8:52

  • A-
  • A+
  • TAMANHO DA FONTE:
Sem a presença das principais lideranças do PPS na Paraíba, a vice-presidente da Executiva Nacional da MD (Mobilização Democrática), Telma Ribeiro, apresentou ontem à noite, em reunião no Hotel Caiçara, em João Pessoa, informações sobre o processo de fusão entre o PMN com o PPS para criação do novo partido e os critérios utilizados para definição do comando dos diretórios nos Estados.

Na Paraíba, conforme anunciou Telma Ribeiro, MD será comando pelo PMN, que tem à frente a jornalista Lídia Moura. Os demais membros do diretório só serão formalizados, conforme revelou, quando houver o deferimento do registro definitivo do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo a dirigente nacional e atual presidente em exercício do PMN, a divisão do comando partidário nos 27 Estados da Federação foi feita de forma equânime, em comum acordo com o presidente nacional do MD, o deputado federal Roberto Freire, de forma consensual.

“Além da Paraíba, o PMN vai ficar no comando dos diretórios dos Estados de estados como Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Maranhão e Sergipe. Já o PPS, ficará com Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso”, adiantou.

Em relação aos diretórios municipais, que ainda serão mapeados, serão definidos de acordo com a realidade de cada município, dando prioridade para responder pelo comando para o partido que tiver maior estrutura, representatividade política local e prestação de serviço. “Essa definição já foi feita em Pernambuco. Aqui, vai ser iniciado agora, sob o comando da companheira Lídia Moura. Terá maior chance de ser indicado para o comando o filiado que participar ativamente da linha de frente dos trabalho de formação do partido”, afirmou a vice-presidente do MD.

Lídia Moura ressaltou a importância da reunião com a presença da vice- presidente nacional do MD, que está percorrendo vários estados para manter os filiados das duas legendas que participam do processo de fusão – PPS e PMN – informados sobre a tramitação processual e sobre as deliberações da direção nacional em relação à composição dos diretórios. Mas lamentou a ausência das lideranças do PPS, que foram convidadas para a discussão, mas não compareceram.

“Convidamos para reunião a presidente estadual do PPS, a deputada Gilma Germano, e o vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira, que infelizmente não compareceram. Acho que houve desinteresse. Mas agora, com a situação já definida, não vamos abrir mão do acordo firmando em nível nacional, que garante ao PMN a coordenação do MD no Estado”, declarou Lídia Moura.

Pré-candidatura

A presidente do PMN e coordenador do MD destacou ainda, que o partido já nasce grande na Paraíba, contando com presença do deputado federal Major Fábio, que já assinou o termo de compromisso de filiação ao partido e já se apresentou com pré-candidato ao Governo do Estado. “O partido já nasce grande e contamos com perspectivas de crescimento em todo o Estado, com filiações de deputados estaduais, vereadores, prefeitos e vice-prefeito”, afirmou.

Além de Lídia Moura, várias lideranças do PMN participaram da reunião, que contou também com a presença do deputado Major Fábio, do presidente da Câmara Municipal de Bayeux, Rômulo Alencar, o vereador de Campina Grande, Sargento Régis, os suplentes de vereador Alcidor Villarim e Saulo Germano (ambos de Campina Grande), além do ex-candidato a deputado estadual Bala Barbosa, além de um deputado estadual da legenda pelo Rio Grande do Norte.
FONTE: DO CORREIO DA PB

omentar esta notícia

segunda-feira, 6 de maio de 2013

“Rega as tuas plantas. O resto é a sombra de árvores alheias”.(*)


Os partidos PPS e PMN foram ao limite do sacrifício. Abriram mão de sua existência para fundar um novo partido, um novo projeto. Nunca mais serão chamados por PPS ou PMN. Não mais terão como referências as suas simbologias. Decidiram seguir em frente.

Parte do PPS já conhece a dor de nascer de novo. Sim, porque nascer também é difícil, doloroso até.  Era o partidão (PCB) e para se firmar como esquerda democrática se reinventou como PPS.

Os mais jovens e os militantes que chegaram há pouco não tem ideia do quanto foi difícil esta passagem. Muitos de nós sofremos como viúvas ou crianças sem mães ou como pobres almas sem caminho. Tanto que, como consolo, fomos por muito tempo chamados de históricos, internamente, como a lembrar que chegamos em tempos mais duros, mais difíceis. Alguns de nós nem tanto, pois já chegamos no fim do regime totalitário. Outros, sofrerem todo o mal do tal regime, como a tortura, o exílio, a perseguição política e pessoal.

Para o PMN, também será difícil. São 25 anos de história, sem se entregar às bandeiras fáceis. Começou lançando candidatura própria a presidente do Brasil em 1989 e lá atrás, quando ninguém queria, o PMN se postou ao lado de Lula numa aliança com apenas 05 partidos (PT,PMN,PL,PC do B, PCB), que resultou na primeira eleição, em 2002. Lá não ficou por não ter tido os acordos políticos honrados. Embora o poder fosse o caminho mais fácil, afastou-se e se manteve até hoje na oposição. Pode comemorar. Nenhum dos seus esteve pelo mensalão, por exemplo.

Há também o fato de que é um partido sem muitos embates internos. Pelo PMN se cultiva a cultura do consenso, da negociação pacífica, contornam-se montanhas para não ter de abrir fendas.  Somos pequenos, mas organizados, e já elegemos o suficiente para sobreviver.  Há os que sempre saem em busca de novos amores. Foi assim quando perdemos para o partido do Kassab, deputados, senador, governador, vice-governador.

O leitor deve está confuso, pois estou nas duas casas. Sim, sou oriunda do partidão, fundadora do PPS, desisti, voltei, e no processo de fusão entre PMN/PPS de 2006 deixei o PPS e seguir com o PMN.
Mas, voltemos ao que é importante. O que de fato importa nesta fusão é o realinhamento da oposição, que se junta de modo consistente para apresentar um projeto ou projetos para o Brasil.

O primeiro enfrentamento se deu no Congresso Nacional, que a mando do Planalto tentou uma manobra mudando a Lei, de modo a prejudicar os novos partidos que surgem, democraticamente. Trata-se do PL 4470/12, do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), cujo texto determina que deputados não podem carregar consigo, caso mudem de partido, tempo na propaganda eleitoral e recursos do Fundo Partidário para as legendas para onde decidam se transferir. Ou seja, o que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) conseguiu na Justiça ao fundar seu partido não será mais aplicável, se valer a manobra do Planalto, via Congresso Nacional.

Sobre a fusão, há apreensão nos estados, em nível nacional e em meio à militância. Toda mudança resulta em dúvida e pode provocar resistências, grita até. Por isso, há que se apegar ao que norteia essa fusão.
O Partido que surge, com o nome MD 33 – Mobilização Democrática, aponta para uma resistência e oposição ao poder hoje estabelecido. E não haverá meio termo. Será oposição ao governo federal, estará em campo oposto ao palanque de Dilma.

A partir dessa “clausula pétrea” para a nova sigla, os Estados serão estimulados para que a MD lance chapas completas. Governador, Senador, Deputados Estaduais e Federais, sempre que possível.

O desafio é juntar essas militâncias em torno de um projeto que lhes pertence. Não precisam ficar sob as “sombras de árvores alheias”. O caminho é mais longo e duro, mas é para isto que forma feitos os partidos. Têm obrigação de apresentar propostas e projetos políticos completos para a sociedade. 

Na Paraíba, a velha prática de coronéis tenta interferir. Setores dessa política carcomida, defasada e senil, está a estrebuchar, pois que não se conforma em vê como possibilidade de coordenação uns e umas que não são oriundos (as) de velhos grupos, famílias poderosas, oligarquias. Não entendem que esta fusão tem dois times, metade do PMN e a outra metade do PPS. Nada será possível sem esse entendimento.

A legenda já surge maior do que podem admitir. Um deputado federal se somou ao projeto com a disposição de se lançar candidato a governador em 2014. Major Fábio é um alento e fortalece a política dos que não querem pertencer nem aos velhos coronéis, nem aos coronéis mais moços. Fortalece os que plantam árvores para, no crescimento destas,  utilizarem-se de sombras da melhor qualidade.

Pra frente é que se anda. E sob a sombra de nossas árvores frondosas, tanto melhor.

Lídia Moura


(*) Fernando Pessoa/Odes ( Ricardo Reis, 1-7-1916 )

Nota: Peço desculpas aos leitores (as) pelo espaço de tempo sem atualização da coluna. O motivo é justo. Cuidava de ajudar na fusão que resultou na MD33

terça-feira, 2 de abril de 2013

E se fossem todos gays tentando impedir os héteros de existirem?



O assunto se repete, mas precisamos permanecer nele.  O que parece uma discussão sobre direitos dos homossexuais é na verdade debate sobre os direitos humanos, direitos que nenhuma sociedade do mundo civilizado pode abrir mão.

O PT e outros partidos, o governo federal, os donos do poder, não poderiam jamais ter feito o acordo que resultou na condução de Feliciano à presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Federal.  Isto por ele ter posição clara e definida de preconceito contra uma parcela da sociedade e, segundo denúncias publicadas pela mídia, até práticas de racismo constam de sua trajetória.

Contra fatos não há argumento. Esta semana, o Pastor Feliciano disse que antes de sua chegada, a Comissão estava dominada por satanás. A declaração encerra qualquer debate sobre a possibilidade de se tolerar esse homem à frente da comissão. Apenas a título de informação as últimas presidentas da comissão foram a deputada Manuela D´Ávila (PC do B/RS) e Iriny Lopes (PT-ES), esta última foi também Secretária Nacional de Políticas para as Mulheres.

A comissão em questão tem de garantir direitos humanos e esses direitos são comumente ameaçados quando a sociedade se mostra intolerante com os homossexuais e outros segmentos, e também quando se mostra tolerante com o racismo, a violência contra a mulher e a perseguição por práticas religiosas.

Aliás, aqui vale um parêntese. Uma parcela de evangélicos (não são todos) aonde funda uma igreja luta para fechar um terreiro de Umbanda e Candomblé, associando esta prática ao satanás ou similar. Assim, é que em muitos lugares parte da cultura brasileira tem sido perdida sob o pretexto de que a religião deles é melhor do que a do outro.

No esteio desse preconceito alguns tem aproveitado para dizer que o que se quer são privilégios para gays. Ora, e o que fazer quando se matam pessoas apenas por serem gays? Quando se quebram lâmpadas e outros objetos na cabeça de pessoas, em plena Avenida Paulista, apenas por que se supôs que eram gays a conversar?   Não, não são privilégios o que se quer, mas medidas específicas são necessárias para coibir que se matem gays em função de sua orientação sexual, especificamente.

Para o argumento de que se pretende uma ditadura gay, outra vez uma balela para enganar no curso do debate. Ninguém deseja que todos sejam gays ou mesmo que aplaudam gays. Apenas se exige respeito ao ser humano. Se gay ou não, isto não deveria importar.

 O Feliciano, seus seguidores e defensores podem continuar vociferando, entretanto, não podem usar o parlamento brasileiro para fazer valer o seu preconceito e atraso.   As leis são feitas para todos e todas, incluindo pequenas parcelas da sociedade. Todos têm de entender que se nivela por cima e não por baixo. Ainda que houvesse um único gay em nossa sociedade este teria direito de viver normalmente,  em ser importunado e exercendo a  sua cidadania na plenitude.

Ninguém, mas ninguém mesmo tem o direito de debater sobre a orientação sexual de outrem. Imaginem se fosse o contrário. Uma sociedade majoritariamente de homossexuais intolerante com os heterossexuais e tentando impedir que fossem héteros. A distorção já começa quando uma parcela da sociedade: gays, lésbicas, transexuais, precisam lutar pelos simples direito de serem o que são.

Que sociedade é essa onde um ser humano não pode exercer livremente a sua forma de vida e sexualidade? Tem de lutar pelo atendimento médico nas suas especificidades, pelo direito de deixar os seus bens para parceiros de uma vida, tem de lutar para terem uniões estáveis, reguladas pelo estado, como qualquer ser humano. E é esta a discussão que temos de fazer.

Em que o outro me incomoda quando busca os seus direitos? Por que preciso impedir que duas pessoas oficializem uma união civil? Qual o dano que o vizinho ou a vizinha causam vivendo com seu parceiro ou parceira? Os direitos que essas pessoas buscam são para a vida delas e não para a minha. Eu posso, se quiser, inclusive, ter preconceito, desde que não afete as pessoas.  E isto porque o racismo e toda a sorte de discriminação não são permitidos, por leis vigentes em nosso país. E vamos combinar, preconceito é algo muito feio.

O Pastor Feliciano tem de deixar a Comissão de Direitos Humanos não por que não gosta de gays. Esse peso ele pode continuar carregando. Tem de sair por que não zela pelos direitos humanos. Não tem imparcialidade. Não tem conhecimento de causa das lutas que são necessárias para um estado de direito pleno para todos e todas. E não tem sequer a compreensão do Estado Laico que somos, tanto que escalou satanás para justificar suas sandices.

Lídia Moura

segunda-feira, 18 de março de 2013

Os motivos da fusão PMN/PPS impedem que se concretize.


 
Roberto Freire e Telma Ribeiro, comandantes do PPS e PMN, respectivamente, jantaram no último sábado (16/3), em São Paulo, para discutir possível fusão dos dois partidos. A conversa de certo modo dava continuidade ao processo iniciado em 2007 e que resultou em nada. Terminou no “cada um para o seu lado.”.

Naquela ocasião foi feito tudo, tudinho mesmo. Acerto sobre como ficam as direções estaduais, quem manda na nacional, nos espaços do novo partido. Foi feito novo estatuto e até congresso das duas legendas que autorizava tudo. Chegaram até a fazer o protocolo no TSE, algo como os noivos “colocar os nomes no cartório”.

Mas, no meio do caminho, o Supremo Tribunal Federal julgou questão que motivava a fusão definindo que os partidos (todos) tinham direito a tempo de TV, fundo partidário, participação em comissões no congresso, tudo, enfim, independentemente do número de votos obtidos. Claro, haveria uma proporcionalidade nestas participações.

O PPS, maior que o PMN, deu de ombros então e pediu para rever os termos da fusão, haja vista que o PMN e PHS entravam em pé de igualdade. PMN e PHS, pois a fusão era com três siglas.  Com a ré do PPS, PMN disse tchau. Fica você lá, que fico cá.  Telma não é de rever acordos e a sua palavra é conhecida no Brasil como algo sólido, que não precisa sequer de documentos.

Relembrado isso, voltemos à proposta de fusão hoje. PMN e PPS conversaram. Conversa rápida, já que os termos devem ser os mesmos de outrora, com pequenos ajustes. Mas, Telma, na conversa, já informou que não caminha com Eduardo Campos. E eis o nó. Roberto Freire trabalha para ajudar Campos e acomodar Serra. 

Telma Ribeiro dos Santos, fundadora e comandante do PMN nacional, aceita discutir a fusão. Mas, se esse projeto está atrelado a Eduardo Campos já nasce morto. E por quê?

O episódio de Olinda/PE, como ela diz, afasta o PMN. Com o Eduardo Campos o PMN não vai caminhar. Nas últimas eleições houve uma tentativa de manipulação do PC do B de Olinda, leia-se o prefeito Renildo Calheiros, que atuou para impedir a candidatura do PMN naquele município.

Infelizmente, isto é muito comum. Aqui mesmo na Paraíba tivemos episódio semelhante, quando o prefeito de São João do Tigre tentou impedir candidatura própria do PMN. Usam os próprios filiados da sigla, que tem vinculo com os prefeitos ou caciques de outras legendas, mas donos do poder.

No caso de Olinda, Eduardo Campos apoiou o PC do B contra o PMN, que teve de ir até a justiça para garantir a sua participação no pleito. Evidente que o prejuízo foi irreparável. Há os que sustentam que Eduardo Campos foi além do que devia no episódio, em favor do PC do B.

Além disso, a proposta de fusão do Freire conspira para beneficiar Serra que pode ir para qualquer partido, pois não tem mandato, mas os seus precisam de sigla nova e a fusão garante o dispositivo legal, para sair do PSDB sem problemas de infidelidade. Com isso, sai o Serra e prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federias que o acompanham, implodindo o PSDB, principalmente em São Paulo. O PMN, aliado de Alckmin, não vai se prestar a isso.

Por tudo isso ouso afirmar: a fusão não acontecerá.  Os motivos impedem que prospere.

Lídia Moura

sábado, 16 de março de 2013

Eduardo Campos muda o jogo nos estados. Na Paraíba, Aguinaldo Ribeiro pode ser escalado pelo Planalto




O governador de Pernambuco Eduardo Campos será candidato contra Dilma. Esse fato mudou o panorama da política e vai mudar mais nos próximos dias. Caciques do alto escalão do PSB já se movimentam pelos Estados, buscam antigos e novos aliados, avaliam possíveis reforços e começam a montar a estratégia para 2014.

Um destes já esteve na Paraíba. Embora tenham como certo o apoio do atual governador, procuram reforços. E tem puxado assuntos antigos, com antigos militantes. E se houver mágoas, a ordem é apagá-las. Começar de novo é o lema.

Dilma, por outro lado, já começa a cortar as asas de Eduardo e a dinheirama derramada em Pernambuco tende a diminuir. Mas, o neto de Arraes não está nem aí. Tem lastro suficiente para a empreitada e também já começou a percorrer o Brasil. Por enquanto, vai ser discreto, negocia a portas fechadas.

Roberto Freire, presidente nacional do PPS, já está fazendo articulações em favor de Campos. O PMN foi sondado para possível fusão, com a ideia de o novo partido que surgisse de PPS e PMN abrigasse José Serra para ser o vice de Eduardo. A fusão não sairá, mas a conversa sobre aliança pode continuar.

O governador, Eduardo Campos, começou bem. Além de apoio interno, incluindo governadores e parlamentares, pode contar com Roberto Freire, que é bem articulado e respeitado, tem 11 deputados federais e tem um partido organizado em todo o país, sem contar que atualmente é deputado federal pelo estado de São Paulo, o que ajuda com novos contatos para Eduardo.

]Buscam o PMN porque, embora menor, tem deputados federais e também está organizado em todo o país. E não tem conflitos e disputas internas relevantes. É uno e em vários estados tem representatividade importante. É o caso do Rio Grande do Norte, Alagoas, Distrito Federal, Rio de Janeiro etc. 

Além disso, tem pé quente. Estava entre os quatro partidos que apoiaram Lula quando este ganhou a eleição para presidente em 2002. Eram apenas PT, PL, PCdoB, PCB e PMN. E hora nenhuma estrou em mensalões e afins.

Eduardo Campos tem uma bancada considerável no Congresso. São vinte e sete ( 27 )deputados e quatro (04) senadores, o que deixa Dilma sem poder brigar pra valer. O PSB só não poderá contar com os irmãos Gomes (Ciro e Cid), do Ceará, que permanecerão com Dilma. São eles os escalados para bater em Eduardo Campos, de dentro de casa, o que, convenhamos, é um papel muito feio.

A movimentação de Eduardo Campos, no entanto, altera o jogo nos estados, principalmente, naqueles onde o governo está com o PSB. Afora o Ceará, que fica com Dilma, o pretenso candidato tem o seu estado, Pernambuco (96% dos pernambucanos aprovam o seu governo), e o PSB tem ainda: Piauí, Amapá, Espírito Santo e a Paraíba.

E por aqui o jogo já mudou. O PT de Dilma já se movimenta. Por cima, claro. Caso Eduardo Campos seja candidato, o Planalto vai parar de tratar RC como aliado. Além disso, a ideia é ter um candidato para tirar do páreo o palanque de Eduardo Campos. Sem esquecer o PSDB, estando este em faixa própria ou com Ricardo. O destino do PSDB depende da decisão de Cássio Cunha Lima, que, aliás, já aparece nas pesquisas como favorito. Os tucanos merecem um capítulo a parte, em breve. Só para adiantar, Cícero, dificilmente, aceita ser o senador na chapa de Ricardo.

E é aí que o cenário pode mudar mais. Sendo Eduardo Campos candidato a presidente, o ministro Agnaldo Ribeiro, hoje forte candidato a deputado federal, seria candidato apoiado pelo Planalto para fazer este enfrentamento, junto com o PT e outros que não querem nem Ricardo (PSB), nem PMDB.

O ministro, portanto, outra vez, pega um cavalo prá lá de selado e pode ser a solução para o PT e para Dilma. Seria o candidato a governador. Neste caso, a irmã seria candidata a deputada federal, Agra, aceitando o plano, pode ser o senador.

O fato é que Eduardo Campos torna o jogo melhor e saudável para a política. Aqui mesmo na Paraíba traz uma lição de que aliado não é escravo. Por isso, hoje pode estar junto, amanhã em outra faixa. Nada demais. Só considera traição os que enxergam a política como um reduto particular, pertencente a famílias e oligarquias, onde os aliados são meros coadjuvantes que esperam a ordem para então seguir o rumo que mantém o status quo.

Pobre de quem joga na política como algo pessoal. No fim, repito, todos se juntam ou se apartam de acordo com as conveniências do instante, ou seja, a próxima eleição.



Lídia Moura
Jornalista

Todos os cenários podem ser desmontados





Sabemos que os que fazem política se juntam ou se apartam de acordo com as conveniências. Assim, é que muitos já pensam: estaria Cássio Cunha Lima se aproximando ao elogiar e votar com Vitalzinho para presidir a importante CCJ – Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal? Poderia, mas não é isso.

Sendo hoje o político mais maduro da Paraíba, Cássio joga o seu jogo, não vai para o terreiro de ninguém e lida de maneira espetacular com as vaidades. Sabe como poucos desviar ou realçar o foco a fim de esperar reações, bandeiras, movimentos. Aliás, na política como na vida há momentos em que “as palavras são de prata e o silêncio é de ouro”. Cássio aprendeu essa máxima quando do seu calvário vendo o terceiro colocado nas eleições de 2010 sentado na sua cadeira de senador.

Com os elogios e posições de urbanidade, até as maldades que vier a fazer passarão despercebidas. E bem sabemos que contra Veneziano dói mais em Vitalzinho do que no próprio. A bordoada que vem de Campina, pelas mãos do competente procurador geral do município José Mariz, dizem, é volumosa, se me permitem os leitores, o uso de sofismas. O comportamento civilizado de Cássio o afasta da autoria.

Cássio atingiu a maturidade, mas tem um zumbido em seu ouvido, dito, redito e repetido até hoje. O termo ficha limpa para apontá-lo como ficha suja foi usado como um punhal. Agora quer vê o mesmo punhal em outro tórax. Da prática da vingança Cássio ainda não se livrou completamente. Algumas, vamos combinar, são divertidas. Fazer Wilson Santiago perder em sua terra natal em 2010 e Dilma ficar atrás de Marina Silva em Campina Grande, por exemplo, foi interessante e foi obra sua.

Aliás, ainda sobre a maturidade de Cássio vale a pena observar o que disse quando a imprensa publicou as cafonices da primeira-dama do estado, “A Isto É fez uma matéria sobre a Primeira Dama, ela no seu direito se manifestou e o assunto para mim está encerrado". Foi o que disse, sabiamente. Um político do seu porte não deve mesmo comentar sobre papel higiênico mais enfeitado que penteadeira. Ele tem razão, melhor nem falar sobre o assunto.

O que já pareceu a pior das situações, hoje se pode dizer que Cássio tem a situação mais confortável de todas. Não precisa disputar, mas pode. Tem cartas na manga. Nomes já estão prontos, antes não estavam. O seu irmão é um desses exemplos. Pode ser o vice de Ricardo Coutinho, caso RC se comporte e obtenha outra vez o apoio de Cássio (leia-se Campina Grande). 

Tem ainda RÃ?mulo Gouveia, Efraim Moraes, Cícero Lucena, Rui Carneiro, Romero e, melhor, tem Campina Grande.

Mesmo sendo um político tarimbado, Cássio é antes um ser humano. E, evidente, pode até aturar Wilson Santiago no palanque de Ricardo, mas não como o Senador da coligação. O recado já foi dado. Enquanto isso, muita conversa e montagens de cenários.


Na outra ponta, Santiago tentando ser aceito no coletivo girassol, tem servido de ponte para os prefeitos do PMDB. Cansados de pão e água aderir ao governo é simples e necessário, pois afinal a nova amizade com o governador representa estradas, quadras de esportes, Ã?nibus escolar, patrocínio de São João etc.

Além disso, Zé Maranhão tem o álibi perfeito e pode ele também iniciar as suas negociações sem ser percebido. Lembram: as palavras são de prata e o silêncio é de ouro...

Ao final, Zé pode se juntar com Ricardo Coutinho, no caso de Cássio ser candidato e Veneziano não se viabilizar. O PMDB pode ainda ser a saída para o PT. Não tendo um bom candidato, é o melhor vice. Claro, não se pode esquecer que além de Veneziano, o PMDB tem o senador Vital do Rego Filho prontinho.

E o que pode querer Zé maranhão? O senado? Talvez não. Ele também tem maturidade. E a Desembargadora Fátima Bezerra assumindo o governo do Estado por uns dias pode ser legal.

Maranhão, afinal, trabalha para que a família Vital do Rego não herde o PMDB. E dificilmente isto acontecerá. Zé maranhão não gosta sequer do estilo. Não consegue visualizar “esses homens no governo do estado” teria dito a interlocutor.

Mais cenários- O Ministro que ia cair na mesma semana que assumiu segue firme e já monta chapa. Já conversa com dois partidos de peso razoável no cenário nacional (PSC e PC do B) e opera para abrir as portas do governo federal para os que perderem (se perderem), as eleições. Será senador se o cavalo passar selado ou será puxador de votos para eleger a si mesmo e mais dois deputados federais, o que não é pouca coisa para um homem só. Os comes e bebes com a Presidenta esta semana serão por sua conta, em casa de seu pai.

E o Senador Vital do Rego? Trabalha feito bicho, merece todos os espaços que conquistou em Brasília. Mas, falta uma equipe mais apurada e a sua principal peça, o amado irmão, ainda não encontrou o rumo. Tem atirado na direção da candidatura a governador, mas deixou lacunas na sua base eleitoral. O cenário é complicado também porque Romero Rodrigues tem maioria qualificada na Câmara Municipal de Campina Grande.

Aliás, o cenário na CMCG para o PMDB é complicado. Perderá 50% da bancada, saem Pimentel e Metuzelá e também suplentes. Sem contar que em CG, por enquanto, não há oposição. Há honrados (as) operários (as) se manifestando, defendendo o chefe, mantendo as luzes acesas. Apenas isto e nenhuma ação relevante.

E neste quesito há que se ter cuidado, pois o danado do mico até consegue desviar-se em meio aos cristais, mas o rabo bota tudo a perder. Desvia o corpo, entretanto o rabo faz movimento diverso e esbarra sempre.

O papel da defesa do irmão poderia estar sendo feita pelo Senador, porém há o seu temperamento. Vai ao inferno para devolver desaforos e ainda não aprendeu a ser contrariado sem reações coléricas. Tem potencial para ser ele o candidato do PMDB e inteligência tão ampla que chega a ser diabólica.

Estes são cenários, mas todos desmontáveis. O que vai prevalecer é a capacidade de reação para estancar sangrias, seduzir peças menores, porém qualificadas, e inventividade para convencer o povo de que a opção que cada um representa, é a única que pode fazer bem à Paraíba. Inventividade uma vez que os atores são os mesmos, nada de novo.

No âmbito geral, no entanto, vale registrar: o maior problema ainda é do atual governador. Depende de combinações de resultados. Tem de aguardar o saldo dos adversários. A sua posição no campeonato não depende apenas de si próprio. Tem de ganhar o seu jogo e aguardar os resultados de outros jogos.

A depender destes resultados pode vir a levantar a taça outra vez ou ter de desocupar a Granja, mesmo com a despensa cheia.


Lídia Moura
Jornalista