domingo, 18 de setembro de 2011

Os capangas de ontem e de hoje

Sim, nós temos capangas. Do mesmo modo que faziam o trabalho sujo para o patrão e o patrãozinho nos tempos do Brasil Colônia, hoje repetem a dose. Ficou mais difícil empunhar a espingarda. Por isso, passam o dia rodando pelas redes sociais, em muitos casos, enchendo a cara para criarem coragem e atacar a vítima.

É isso! Mesmo no mundo virtual, são frouxos. Ficam escondidos. Alguns mostram um retrato, geralmente, sorridente. Vendem uma boa imagem em busca da sonhada credibilidade. Outros criam nomes e retratos falsos. Capanga é assim, fazer o quê?
Sim, são todos covardes. Essa é também a característica principal dos capangas. Só agiam por trás de armas e/ou via emboscadas. Hoje utilizam mentiras, calúnias, difamação, agressões de toda ordem. Mas, assim como os seus antecessores, são apenas criminosos.

Os capangas servem a patrões e patrõezinhos, como outrora. Não têm vida própria e sentem o que o chefe sente ou sentiria. Sim, porque às vezes dói nos capangas antes de doer no chefe.

Alguns têm histórico que justifica a “profissão”. Não têm talento para nada. Daí, desde o primeiro emprego até sempre, foram encostados e pendurados em algum cargo comissionado. Claro, não trabalham. Estão na eterna defesa do patrão e matam e morrem pelo “líder”.

Alguns têm até tradição no ramo. Tem parentes próximos que já puxaram o gatilho.
Sabem o que o pensa o líder e já respondem às críticas na bucha. Por isso, nem precisam de muito contato com o chefe. E isso é visto de maneira positiva. Assim, o chefe, o patrão, está sempre limpo. “Não fui eu, não vi, não concordo”.

O capanga das redes sociais, assim como no Brasil colônia, assume toda a culpa. De tempos em tempos o chefe até se irrita e manda o dito cujo sumir por uns dias.
Mas, chefe bom, traz o meliante de volta. Dar o seu jeito. Oferece recompensas aqui e ali. Convida para as festas. Leve para almoçar um dia. Elogia quando dá. Garante emprego e renda.

O capanga pode até evoluir para a profissão de pistoleiro. Afinal, têm a capacidade de odiar a vítima facilmente. Não precisa nem conhecer. Assim como o pistoleiro, ao receber a encomenda de matar, já odeia por antecipação.

Mas, anotem: pelas redes têm outras figuras, de categoria mais baixa, mas também a serviço. São sublocações dos capangas. Esses se aproximam dos capangas e adulam os caras. No twitter tem uma tática curiosa. Tentam te seguir para mandar recados diretos. Quando você os bloqueia eles começam a seguir os seus seguidores e, dia após dia, lançam lorotas contra você, primeiro abertas, depois na forma de DM. Esses coitados não chegam até os chefes, mas tão somente até os capangas.

Fique atento, pois ao mandarem suas mensagens para você tentam encontrar o interlocutor que necessitam para sobreviver.

Essa gente, nos dois casos, carrega, como diria, o genial Genival Veloso de França, “uma sacola de truques”, mas não tem a epistemologia necessária para a luta, para a compreensão da saga, da estrutura do poder a que servem. Esses jagunços são chamados apenas para uma parcela da tarefa. Por isso, fatalmente, ficarão pelo meio do caminho. Graças a Deus!