quinta-feira, 10 de março de 2011

08 de março é dia de luta. Não estamos no poder.
Há muito estamos na luta em defesa dos direitos das mulheres, das crianças e em todas as lutas sociais. O maior desafio ainda é trazer as mulheres para o campo da luta.
Nós, as feministas, nem precisamos ser feministas. Somos, em geral, independentes ( financeira, emocional e até politicamente). Mas, estamos ali, firmes e fortes. Aí, vez por outra, encontramos uma turma que tudo que deseja é encontrar um homem para sustentá-la, jogando no lixo séculos de resistência.

O poder - Neste 08 de março é muito importante esclarecer que não estamos no poder só porque foi eleita uma mulher presidenta. Somos apenas 8% na Câmara dos deputados e a mulher presidenta não teve nem mesmo o cuidado de dividir os espaços de poder. 50% dos ministros homens e 50% mulheres, como fez, por exemplo, Michelle Bachelet no Chile. Mas, convenhamos, era Bachelet e era o Chile.


Com o que nos importamos - A luta requer, nesse momento, ainda mais empenho. Perto do 08 de março prenderam um animal feroz (o pai) que molestava sexualmente os filhos de 11 e 14 anos, além de espancar, os meninos, constantemente.
A violência contra a mulher está na estratosfera. A saúde na UTI. Faltam creches, moradia, cultura, educação. Essas são as nossas lutas. E aquelas mulheres que optam pelos concursos de beleza, viram miss, depois descolam boa vida através de casamentos, deveriam ser feministas pelo menos por solidariedade às mulheres que não tem acessos aos serviços de saúde e educação, que são espancadas, violentadas e vêem seus filhos e filhas serem jogados no mesmo caminho, escuro e sem pavimentação.



Abaixo o fundamentalismo !
O carnaval merece todas as críticas. Poderia voltar para as ruas como antes.
- É um negócio? Sim, e isso não é de todo ruim. Mas, poderia ser mais repartido.
- Muita gente ganha dinheiro? Verdade, e não é de todo mal.
- Nossas meninas contraem doenças, ficam grávidas?. Aí, vamos parar. Isto ocorre durante todo o ano, por que não temos políticas para combater, de verdade, as mazelas da exploração sexual de crianças.
Aqui mesmo na Paraíba, dia esses, soltaram uma matéria tímida, sobre prostituição. Envolvia figurões, empresários e políticos, que compram meninas. Ninguém foi descoberto, denunciado. Não vi nenhuma apresentadora de TV ou jornalista indignada gastando 3 ou mesmo 1 minuto em condenar tal prática ou dizer pelo menos um nomezinho dos meliantes.

A culpa não é do carnaval. Embora não seja foliã, acho uma bela festa. A culpa é do estado, que não cumpre seu papel e permite que parte da sociedade utilize os recursos do povo em benefício de pequeno grupo.
Mas, o povo na rua, dançando e cantando livremente, é muito bonito sim. E o discurso fundamentalista contra essa manifestação popular é puro marketing.

Desmoralizando
Consta que a secretária municipal de saúde comanda a saúde do Estado. Segundo fontes do governo municipal, todos os dias, a secretaria municipal de João Pessoa se reúne com a equipe estadual para avaliar metas, definir projetos e dar as ordens. A se confirmar tal prática está desmoralizado o secretario estadual e sua equipe, rebaixada a hierarquia de poder e perdido o povo, que fica vitima de experimentos, disputas de poder e ausência total de métodos de trabalho adequados para administrar o patrimônio e os recursos do povo.
Teria sido isso que adoeceu o secretário e, por conseqüência, veio o seu pedido de demissão?

Ainda a saúde
Uma geração inteira de epidemiologistas e especialistas em vigilância sanitária da Paraíba poderá se perder. São vários os profissionais da área de saúde, com doutorado, mestrado e afins que estão no que se convencionou chamar de “banco”. .


Os profissionais por terem servido governos anteriores estão pendurados, recebendo apenas os salários sem o direito de trabalhar. E o mosquito da dengue reina absoluto
É a miopia de quem comanda uma seita e não um projeto de governo.

Jaqueline Roriz
A deputada do Distrito Federal foi entregue pelo corrupto assumido Durval Barbosa. Digo isso porque em meio à sujeira não podemos perder de vista que o sujeito que operava essa bandalheira era e é um meliante. Temos de ter cuidado para não transformar em herói o sujeito que vem mudando até as feições e se escondendo atrás da tal delação premiada.
Pois bem, a deputada, hoje filiada ao PMN, teria participado do esquema e recebido o seu naco no ano de 2006. Naquela época era filiada ao PSDB, o pai era o governador do DF (PMDB) e Durval operava o esquema de repasse para vários e várias, tendo continuado no governo Arruda.

O PMN jamais participou de tal esquema. Ainda assim a deputada não representa mais o partido na comissão de reforma política, para onde foi agora indicado o líder do PMN na Câmara, o deputado Fábio Faria.
Vale destacar que Jaqueline veio para o PMN um ano antes das eleições. É pessoa do melhor trato, fina, tem postura interna muito democrática. Mas, terá de se explicar, e muito, para além do partido.

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