domingo, 7 de novembro de 2010

De tudo se viu e ouviu após o resultado das eleições. o mais divertido foi ver os que pareciam isentos “soltarem a franga”. Para agradar ao novo (?) poder estadual, teve de tudo.

Mas, devagar com o andor
É desrespeitoso e preconceituoso o conceito de velho lançado contra o governador José Maranhão. Bom lembrar o provérbio: “Como canta o galo velho, assim cantará o novo”. E mais: há muitos jovens que têm atitudes reacionárias e idosos antenados com o seu tempo. O conceito de velho pela idade é puro preconceito. E uma curiosidade, qual é a idade do governador eleito? 15, 25, 35, 45, 50... O tempo passa para todos.

E a outra parte?
Muito se falou que parte da imprensa era controlada pelo governo. E a outra parte, quem controla? Serão livres, os que declaram voto em pleno exercício do jornalismo? Sei não viu! Parece que, no mínimo, usam o espaço privilegiado para fazer campanha e encostarem-se no poder do momento.

Cargos e funções
O governo em exercício contempla aliados e o que virá também. Assistir, dois anos antes do processo eleitoral, partidos se bandear e seus correligionários passarem a ocupar cargos na prefeitura. É normal e coerente com as alianças firmadas. Pior é quando se usa a cooptação de pessoas, como quando usurparam a direção do PSB lá atrás, com expedientes prá lá de sujos. Qualquer dia rememoro.

Dinheiro em pencas
Na reta final foi tanta gente presa com dinheiro, dos dois lados, que me perguntei: onde essa gente esconde tanta grana. E a quantidade de aviões e helicópteros, presos e voando, parecia coisa de cinema. Gente endinheirada. Parecia que todo mundo na Paraíba tinha avião.

Mundinho
Estranho demais o presidente do PSB de Campina Grande ter pedido demissão apenas após o término da eleição. Se RC tivesse perdido será que permaneceria com cargo de confiança na prefeitura? Veneziano se mostrou democrático e honrou acordos feitos para a sua eleição. Mas o tal homem ficou podia ter saído.

Liberdade religiosa
Importante as manifestações em defesa da liberdade religiosa. Senti falta desta ação durante a campanha. Achei meio assim: não falo sobre isso para não associarem a RC. O candidato também perdeu a oportunidade, repito, de defender as matizes religiosas africanas. O provo negro, por conseguinte; os artistas, a diversidade, as preferências religiosas como um direito inalienável do ser humano. Não o fez. Como Pedro, negou tudo. Preferiu uma carta hipócrita.

Podem se morder de raiva, mas sem Cássio RC perdia feio.

Tirando as bobagens pós campanha e o amadorismo dos que são pagos para falar bem e/ou mal, o que vale agora são as novas batalhas. Quem controlará os partidos e quem terá espaço no governo federal. E algumas pistas:

1. Maranhão não vestirá pijamas, é claro!
2. Cássio ficou mais forte para buscar a confirmação do mandato;
3. Cícero tem mandato e tem prestígio no PSDB nacional, portanto, não é carta fora. Cássio, estando senador, poderá atender melhor os caciques do partido. Aí, Cícero pode perder.
4. O prefeito de Campina Grande tem seu próprio lastro. Deputada federal e senador, mandato em curso na prefeitura. Pode se refazer.
5. RC continua arrogante, tem pouco talento para juntar os que dele desistiram, pensa que é dono do mundo, mas é o poder agora e isso conta horrores.
6. Tem ação na justiça que nem presta. E baixas podem vir. Vejam o caso Erenice;
7. Os pequenos podem ajudar ou atrapalhar;
8. Ganha agora e lá na frente quem juntar mais cabeças e eliminar possíveis empecilhos. Eduardo Campos soube fazer isso em PE. A sua oposição teve de sacrificar mandatos para formar a chapa.
9. Esqueci o mais importante: O PMDB é poder em nível nacional. E os "meninos" do PMDB da Paraíba estavam com Lula há tempos.

Lídia Moura
lidiamouras@uol.com.br / 9924 6235
Ainda louca para ir prá Bahia. Mas, vejam se não tenho razão. Olha o caminho de Gamboa até o Morro.

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