Roberto Freire e Telma Ribeiro, comandantes
do PPS e PMN, respectivamente, jantaram no último sábado (16/3), em São Paulo,
para discutir possível fusão dos dois partidos. A conversa de certo modo dava
continuidade ao processo iniciado em 2007 e que resultou em nada. Terminou no “cada
um para o seu lado.”.
Naquela ocasião foi feito tudo,
tudinho mesmo. Acerto sobre como ficam as direções estaduais, quem manda na
nacional, nos espaços do novo partido. Foi feito novo estatuto e até congresso
das duas legendas que autorizava tudo. Chegaram até a fazer o protocolo no TSE,
algo como os noivos “colocar os nomes no cartório”.
Mas, no meio do caminho, o
Supremo Tribunal Federal julgou questão que motivava a fusão definindo que os
partidos (todos) tinham direito a tempo de TV, fundo partidário, participação
em comissões no congresso, tudo, enfim, independentemente do número de votos
obtidos. Claro, haveria uma proporcionalidade nestas participações.
O PPS, maior que o PMN, deu de
ombros então e pediu para rever os termos da fusão, haja vista que o PMN e PHS entravam
em pé de igualdade. PMN e PHS, pois a fusão era com três siglas. Com a ré do PPS, PMN disse tchau. Fica você
lá, que fico cá. Telma não é de rever
acordos e a sua palavra é conhecida no Brasil como algo sólido, que não precisa
sequer de documentos.
Relembrado isso, voltemos à
proposta de fusão hoje. PMN e PPS conversaram. Conversa rápida, já que os
termos devem ser os mesmos de outrora, com pequenos ajustes. Mas, Telma, na
conversa, já informou que não caminha com Eduardo Campos. E eis o nó. Roberto Freire
trabalha para ajudar Campos e acomodar Serra.
Telma Ribeiro dos Santos,
fundadora e comandante do PMN nacional, aceita discutir a fusão. Mas, se esse
projeto está atrelado a Eduardo Campos já nasce morto. E por quê?
O episódio de Olinda/PE, como ela
diz, afasta o PMN. Com o Eduardo Campos o PMN não vai caminhar. Nas últimas
eleições houve uma tentativa de manipulação do PC do B de Olinda, leia-se o
prefeito Renildo Calheiros, que atuou para impedir a candidatura do PMN naquele
município.
Infelizmente, isto é muito comum.
Aqui mesmo na Paraíba tivemos episódio semelhante, quando o prefeito de São
João do Tigre tentou impedir candidatura própria do PMN. Usam os próprios filiados
da sigla, que tem vinculo com os prefeitos ou caciques de outras legendas, mas
donos do poder.
No caso de Olinda, Eduardo Campos
apoiou o PC do B contra o PMN, que teve de ir até a justiça para garantir a sua
participação no pleito. Evidente que o prejuízo foi irreparável. Há os que
sustentam que Eduardo Campos foi além do que devia no episódio, em favor do PC
do B.
Além disso, a proposta de fusão
do Freire conspira para beneficiar Serra que pode ir para qualquer partido,
pois não tem mandato, mas os seus precisam de sigla nova e a fusão garante o
dispositivo legal, para sair do PSDB sem problemas de infidelidade. Com isso,
sai o Serra e prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federias que o acompanham,
implodindo o PSDB, principalmente em São Paulo. O PMN, aliado de Alckmin, não
vai se prestar a isso.
Por tudo isso ouso afirmar: a
fusão não acontecerá. Os motivos impedem
que prospere.
Lídia Moura
O PMN na Paraíba está tão bem quanto à quantidade de votos que a presidente obteve no pleito de 2012, no qual objetivava ocupar o cargo de vereadora municipal de Campina Grande, atingindo para tanto pouco mais de 300 votos, o suficiente para eleição de presidente de associação de bairro.
ResponderExcluirAssim espero, pelo histórico e legado do PPS!
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