quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O poder para arrasar

Há tempos venho avisando que o tal coletivo Rc é uma seita e como seita, perigosa. Nem vou listar todas as loucuras que essa gente, no poder, tem feito. Vou falar apenas da última. O aeroclube teria de mudar de lugar? Pode ser. Isto deveria ser feito com muita negociação e oferecidas vantagens, todas legais, como se faz quando a intenção é o bem comum. No entanto, a questão não é o bem comum, mas uma disputa que envolve interesses econômicos e até necessidade de demarcação do poder que se pensa ter.

Pois bem, uma decisão de primeira instância, cassada logo em seguida, resultou na destruição de um patrimônio que a preço de hoje é de terceiros. Estamos numa democracia onde a propriedade privada ainda não foi abolida. E mais, fosse essa propriedade do povo teria de ser destruída, simplesmente? Sem qualquer discussão com a sociedade? Sei não, há algo errado. A truculência é calculada.

Fontes ligadas ao setor imobiliário dizem que o setor está eufórico. Óbvio, aquela parcela do setor que está no projeto. De Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, até Berna. Zurique e Genebra (Suíça), todos eufóricos. Afinal, depois do parque, (o que, sem dúvida, valoriza a área), virão os prédios de apartamentos e escritórios, shoppings. Claro, tudo ecológico. Talvez, por isso, a pressa.


Sabemos que liminar de primeira instância pode cair, como caiu. Esta havia sido concedida pelo Juiz João Batista Vasconcelos. Liminar na Mão, a estratégia foi TERRA ARRASADA. Podemos perder, mas deixamos nossa marca, decidiu o prefeito. E teve até jornalista que come o mesmo pirão chamando isso de “pulso firme”.
O nosso problema é que continuamos a nos dividir entre os que rezam na cartilha e os que são oposição, quando na verdade devemos ponderar (todos nós) sobre o que de fato espera, precisa e merece a sociedade, sem olharmos quem é o governante de plantão.

Não estou convicta se o aeroclube deve ali permanecer. Pode haver outra área similar, mas tenho certeza de que o modo está errado e mais ainda, a intenção e o propósito, a se confirmar o que dizem, é ato criminoso.

Mais preocupante ainda quando se sabe que a tática da desapropriação tem sido usada como arma. Exemplo disso é a desapropriação da casa do pai de Nicola (desafeto de RC), na Beira-rio. Aos desafetos, a caneta do poder. Sem falar da desapropriação da tal fazenda Cuiá (aí beneficiando campanhas, com providências já iniciadas pelo MP), até hoje mal explicada para a sociedade.

E quem paga a conta? O povo, certamente. Bem que se poderia cobrar de quem decide e ordena.

Fotos: Clickpb

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