domingo, 26 de junho de 2011

Governo faz mobilização contra a PEC 300

A luta pela unificação dos salários dos policiais já tem, segundo, a cobrapol, a adesão de 460 parlamentares

O governo federal já está trabalhando para derrotar a aprovação da PEC 300, que unifica os salários das polícias estaduais. Aliás, a luta é para evitar que a Proposta de Emenda Constitucional seja levada a plenário.
O perigo está no fato de que 460 parlamentares já aderiram ao movimento liderado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol).

Um grupo de policiais civis, militares e bombeiros militares programa para o próximo dia 05 de julho uma manifestação em Brasília para entregar um documento, assinado pelos 460 parlamentares, pedindo que a matéria seja colocada em votação em segundo turno. Os líderes do movimento prevêem que mais parlamentares assinarão o documento nos próximos dias.

O certo é que o parlamentar que se posicionar contrário à PEC pode ter dificuldades com o eleitorado, prova disto é a reação da sociedade às investidas e agressões do governador do Rio aos bombeiros, que terminou com o recuo do governador ante as manifestações populares de apoio aos bombeiros que, convenhamos, no Rio, tem um salário vergonhoso.
Na Paraíba, foi aprovada Lei que garantiu esse direito aos policiais. Mas, o governo que propôs pagar perdeu as eleições e o que assumiu tratou de buscar anulação desse direito.

No plano federal, o governo luta contra a aprovação da PEC argumentando que representaria um impacto der R$ 50 bilhões anuais ao Orçamento.

A PEC 300 já esteve em pauta em março de 2010 e foi aprovada em uma primeira votação, com várias modificações. Os líderes do movimento não discutem os valores dos salários, mas querem um valor único para todo o país. A projeção é que esses salários teriam variação de 3,5 mil para cargos básicos, até 7 mil para os cargos de confiança.

O governo tem maioria para derrotar esses trabalhadores. Mas, veremos como se comporta cada parlamentar. No caso da Paraíba, aqueles que estavam junto com o governo que aprovou a PEC no estado têm o dever de manter seu apoio, bem como os que foram contra, o dever de lutar pela não aprovação no Congresso. Isso, claro, se houver coerência.

Caso optem pela politicagem, poderão inverter tudo. Afinal, os que estavam com Maranhão (a favor da PEC) estão agora com Dilma (Os meninos filhos – Hugo Mota, Wilsinho etc.) e os que foram contra Maranhão (contra a PEC) - Romero, Efraim Filho etc. - estão contra Dilma, que não quer a PEC de jeito nenhum.

A única coisa certa é que os salários iniciais dos policiais militares em todo o país integram um quadro vergonhoso. A exceção é para o Distrito Federal (R$ 4.129,73), ocupando a primeira posição e Sergipe, na segunda colocação (R$ 3.012,00).
A Paraíba está na zona de rebaixamento na 23ª posição (R$ 1.297,88), à frente apenas de Rondônia (1.215,00), Pará (1.251,00), Rio Grande do Sul (1.172,00) e a vergonha nacional, última posição, Rio de Janeiro (1.137,49).

Fonte: Cobrapol

Nenhum comentário:

Postar um comentário